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Dois trabalhadores morrem
por minuto


DA EQUIPE DE TRAINEES

O trabalho é a atividade com o maior número absoluto de mortes no mundo. Segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho), acidentes e doenças ocupacionais matam, em média, duas pessoas a cada minuto. Seriam, no total, 1,1 milhão de mortos por ano no planeta.

De acordo com um relatório divulgado pela entidade em 1999, o trabalho mata mais do que os acidentes automobilísticos (999 mil mortes/ano), a violência das cidades (502 mil) e as guerras (563 mil). Os acidentes fatais atingem mais de 300 mil profissionais por ano. São 14 óbitos em cada grupo de 100 mil trabalhadores.

A OIT aponta o setor pesqueiro como o mais perigoso de todos. Morrem nessa atividade 24 mil pessoas a cada ano, mais de 80 profissionais entre 100 mil.

A taxa de mortalidade dessa área, nos Estados Unidos, é 16 vezes maior que a verificada entre bombeiros e policiais: chegam a morrer 178 trabalhadores para cada grupo de 100 mil.

A pesca, líder do ranking norte-americano das ocupações mais perigosas, é seguida pelo setor madeireiro e pela aviação. As marcas desses setores são, respectivamente, 157/100 mil e 88/100 mil.

Estima-se que ocorram no mundo cerca de oito acidentes de trabalho por segundo, uma média de 250 milhões por ano. De acordo com os cálculos da OIT, 4% do PIB mundial é gasto em indenizações por acidentes ocupacionais.

No Brasil
A taxa de mortalidade brasileira por atividades profissionais é de 13,5 por 100 mil. O índice está abaixo da média mundial, que é de 14 por 100 mil.

Essa diferença não significa, entretanto, que os ambientes de trabalho no Brasil ofereçam mais segurança que a maioria dos países do planeta. Na verdade, há uma grande parcela de acidentes que não são comunicados ao Ministério da Previdência.

Mesmo assim, os dados disponíveis sobre o país preocupam. Segundo a Fenatest (Federação Nacional dos Técnicos de Segurança do Trabalho), 88.019 pessoas morreram trabalhando e 300 mil sofreram mutilações incapacitantes nas últimos duas décadas (RODRIGO PENA MAJELLA).



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