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Fascínio pelos esportes radicais cresce com a necessidade de testar os limites da sociedade

Enquanto novas tecnologias reduzem o perigo, ciência investiga o que leva cada vez mais pessoas a arriscar a vida por prazer
Reuters
O Austríaco Hannes Arch faz base jump da rocha Champignon, no monte Eiger (3.970 m), Suíça

DA EQUIPE DE TRAINEES

Perigo vicia. Essa parece ser a única explicação possível para o sucesso e o fascínio dos esportes radicais, da aventura e de outras atividades de risco. No Brasil, o número do praticantes de escalada esportiva, por exemplo, multiplicou-se por sete em cinco anos. Fabricantes do setor esperam, para este ano, um aumento de 50% no número de interessados por seus produtos.

Até no acomodado mundo do trabalho as ações arriscadas andam na moda, com executivos saltando de árvores a 13 m do solo, para desenvolver confiança mútua, liderança e decisão.

A ciência busca explicações para o prazer associado com substâncias como adrenalina, serotonina e endorfinas, o arsenal químico do corpo no momento do perigo. Tudo indica que elas podem, de fato, envolver-se em mecanismos de dependência.

Sociólogos e psicólogos têm dificuldade para rastrear as raízes do fenômeno, mas tendem a concordar que a perda de controle dos indivíduos sobre seu destino _aí incluído o risco assumido voluntariamente_ tem algo a ver com a atração incontrolável da vitória sobre o perigo, uma velha necessidade da espécie humana.