Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 
  Siga a Folha de S.Paulo no Twitter
01/06/2010 - 13h51

Chefe da Otan pede liberação imediata de ativistas presos em Israel

DA BBC BRASIL

O secretário-geral da Otan (Organização dos Países do Tratado do Atlântico Norte), Anders Fogh Rasmussen, pediu nesta terça-feira a liberação imediata dos mais de 600 ativistas presos por Israel após o ataque a seis navios com ajuda humanitária que seguia para a Faixa de Gaza.

Na madrugada de segunda-feira, os cerca de 700 ativistas tentaram furar o bloqueio imposto por Israel a Gaza para levar cerca de 10 mil toneladas de ajuda humanitária quando foram atacados por militares israelenses em águas internacionais. Pelo menos dez ativistas foram mortos na operação.

A pedido da Turquia - país de origem de quatro dos mortos na ação israelense, segundo fontes diplomáticas em Ancara - a Otan realiza nesta quinta-feira uma reunião de emergência para discutir o episódio.

A Liga Árabe também convocou uma reunião para esta terça-feira, e a Jordânia e o Egito - os dois países árabes que mantêm acordos de paz com Israel - condenaram duramente a violência.

ONU

O Conselho de Segurança da ONU emitiu uma declaração condenando o que chamou de atos que resultaram na perda de pelo menos dez vidas durante o ataque israelense a frota de navios que transportava ajuda humanitária para a faixa de Gaza.

O presidente egípcio, Hosni Mubarak, ordenou a abertura da fronteira do país com a faixa de Gaza, em Rafah, nesta terça-feira, permitindo a entrada de ajuda humanitária no território palestino, segundo a agência de notícias Mena, a oficial do Egito.

Não está claro se a decisão será permanente ou temporária. O posto de controle de Rafah é a única parte da fronteira de Gaza que não é controlada por Israel.

O governo egípcio enfrenta oposição interna por participar do bloqueio ao território palestino imposto por Israel desde que o Hamas assumiu seu controle em 2007.

Desde então, a fronteira em Rafah tem sido aberta apenas esporadicamente. Em um incidente separado, dois militantes palestinos foram mortos por militares israelenses após entrarem no país ilegalmente vindos de Gaza.

Brasileira

Pouco mais de 600 ativistas foram levados a diferentes centros de detenção em Israel e muitos devem ser deportados do país nesta terça-feira, incluindo a cineasta brasileira Iara Lee.

Segundo os diplomatas da Embaixada brasileira que estiveram em contato com ela, Lee, que estava a bordo de um dos barcos, está em boas condições de saúde.

A cineasta está dividindo uma cela na prisão Ela, de Beersheva, com outra ativista detida na segunda-feira durante a ação israelense.

Cerca de 50 dos quase 500 ativistas levados à prisão de Beersheva já haviam sido deportados na tarde desta terça-feira, após aceitarem a deportação voluntária oferecida pelas autoridades israelenses.

Iara Lee recusou a oferta de deportação voluntária. Com isso, terá de esperar a tramitação de um processo administrativo para a deportação forçada.

A cineasta, que tem dupla cidadania, brasileira e americana, e é radicada em Nova York há duas décadas, optou por se enviada ao Brasil, mas poderia escolher até o último momento ser deportada aos Estados Unidos.

Lado israelense

O governo de Israel disse que as tropas israelenses agiram em defesa própria no episódio, depois de serem atacadas.

Por meio de uma nota, divulgada pelo governo israelense, o ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, disse que as pessoas a bordo do navio invadido não estavam em missão de paz e são terroristas.

O chanceler ressaltou que todas as tentativas de Israel de dialogar com os organizadores da flotilha foram rejeitadas.

O governo israelense também voltou a defender o bloqueio imposto à faixa de Gaza, dizendo que ele é legal e justificado.

Os ativistas insistem que os soldados israelenses abriram fogo sem qualquer provocação.
Ainda não se sabe qual será o destino das cerca de 10 mil toneladas de ajuda humanitária - que incluíam cimento, cadeiras de roda, papel e sistemas de purificação de água - transportada pelos navios,

Israel afirmou que vai entregar o material a Gaza, por terra, depois de confiscar os itens proibidos.

 

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página