Publicidade
Publicidade
Israel começa a libertar ativistas detidos em ataque a frota
DA BBC BRASIL
O governo de Israel começou a deportar nesta quarta-feira mais de cem ativistas de países de maioria muçulmana que foram detidos em uma operação militar contra seis barcos de uma frota que planejava furar o bloqueio israelense à Faixa de Gaza.
O ataque das forças israelenses à frota, que pretendia levar ajuda humanitária a Gaza, deixou nove ativistas mortos e provocou reações negativas de boa parte da comunidade internacional.
O governo de Israel diz que as tropas israelenses agiram em legítima defesa no episódio, depois de serem atacadas. Os ativistas insistem que os soldados israelenses abriram fogo sem motivo.
Os ativistas deportados estão sendo levados para a fronteira de Israel com a Jordânia, onde uma multidão de simpatizantes aguarda a sua chegada.
O primeiro grupo é formado por 123 ativistas de 13 países, principalmente nações de maioria muçulmana e sem laços diplomáticos com Israel.
Prazo
Na noite de terça-feira, Israel anunciou que pretende deportar todos os cerca de 600 estrangeiros detidos dentro de 48 horas.
"Não queremos ver ativistas estrangeiros em um centro de detenção israelense, então decidimos acelerar o processo de deportação e nossa esperança é ter todos esses ativistas fora do país dentro de 48 horas", disse o porta-voz do governo israelense Mark Regev.
Um diplomata brasileiro da embaixada em Tel Aviv disse à BBC Brasil esperar que a cineasta brasileira Iara Lee, que estava entre os detidos, possa deixar o país nos próximos dias.
Apesar de atender os apelos pela libertação dos ativistas estrangeiros, o governo israelense afirmou que o bloqueio na Faixa de Gaza será mantido para evitar o risco de que armas sejam contrabandeadas para a região.
Em Washington, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse que o incidente trouxe à luz a "insustentável e inaceitável" situação na Faixa de Gaza, território palestino sujeito a um bloqueio israelense desde que o Hamas assumiu o controle na região, em 2007.
"As legítimas necessidades de segurança israelenses devem ser atendidas, assim como as legítimas necessidades palestinas de assistência humanitária e acesso regular a materiais de construção", afirmou.
Investigações
Hillary defendeu ainda que Israel lidere as investigações sobre o episódio e que o inquérito seja conduzido de forma imparcial e transparente.
A secretária de Estado americana fez as declarações horas depois de se encontrar com o ministro das Relações Exteriores da Turquia, Ahmet Davutoglu.
Estima-se que a Turquia seja o país com o maior número de vítimas entre os ativistas mortos na operação militar de Israel. No encontro com Hillary, o chanceler turco cobrou dos Estados Unidos uma condenação veemente ao ataque.
Com o aumento da pressão internacional pelo fim do bloqueio de Israel a Gaza, o presidente egípcio, Hosni Mubarak, ordenou na terça-feira a reabertura da passagem na fronteira do Egito com a cidade de Rafah, na Faixa de Gaza.
O governo egípcio afirmou que o objetivo da medida é permitir a entrada de ajuda humanitária no território palestino, mas não esclareceu se a decisão será permanente ou temporária.
+ Notícias sobre Israel
- Líbano abre fogo contra aviões israelenses, diz fonte
- Correspondente da Folha fala quinta-feira sobre o ataque de Israel a navios
- Conselho de Direitos Humanos examina resolução contra Israel
- EUA defendem que Israel lidere investigação sobre ataque a navios
+ Notícias em Mundo
As Últimas que Você não Leu
Publicidade
+ LidasÍndice
- Alvo de piadas, Barron Trump se adapta à vida de filho do presidente
- Facções terroristas recrutam jovens em campos de refugiados
- Trabalhadores impulsionam oposição do setor de tecnologia a Donald Trump
- Atentado contra Suprema Corte do Afeganistão mata 19 e fere 41
- Regime sírio enforcou até 13 mil oponentes em prisão, diz ONG
+ Comentadas
- Parlamento de Israel regulariza assentamentos ilegais na Cisjordânia
- Após difamação por foto com Merkel, refugiado sírio processa Facebook
+ EnviadasÍndice