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cida santos

 

12/11/2011 - 11h13

Brasil perde da Itália e se complica

DE SÃO PAULO

Desta vez não deu. O Brasil errou muito no ataque e não teve chances contra uma Itália líder, invicta e jogando muita bola. Foi um placar surpreendente para um confronto de duas grandes seleções: 3 sets a 0 para as italianas (25/23, 25/16 e 25/22). Agora, ficou complicada a situação da seleção brasileira na Copa do Mundo de Vôlei. Em sete rodadas, o time já coleciona duas derrotas, três vitórias por 3 sets a 2 e caiu para sexto lugar, atrás da Itália, EUA, China, Alemanha e Japão. Só os três primeiros colocados se classificam para os Jogos de Londres. Faltam só quatro jogos. Neste domingo, o confronto contra o Japão, às 7h20, vale o quinto lugar. Apenas um pon to separa as brasileiras e as japonesas na tabela de classificação.

O que chama a atenção na seleção é a falta de agressividade, tanto no ataque como no saque. Contra a Itália, que tem Eleonora Lo Bianco, a atual melhor levantadora do mundo, tem que arriscar no saque. Com o passe na mão, a Lo Bianco dá show. Foi o que aconteceu contra o Brasil. Ela foi eleita a melhor jogadora da partida e distribuiu muito bem o jogo. O bloqueio brasileiro não conseguiu parar as italianas. A ponteira Carolina Costagrande foi a maior pontuadora do jogo com 19 pontos, mas o time também jogou muito com as centrais Gioli e Arrighetti. Val lembrar que a Itália defende muito e erra pouco.

O que também não dá para entender é como o Brasil está errando no ataque. Para quem conhece a carreira da Mari e sabe das grandes qualidades dela como jogadora, é difícil entender a sua atuação nos últimos jogos. Está jogando mal. Erra muito no ataque. Não consegue virar as bolas. Para piorar, o técnico José Roberto Guimarães não tem alternativa. O time não está podendo contar com três ponteiras: Jaqueline e Natália nem viajaram para o Japão porque se recuperam de lesões e Fernanda Garay não está nem ficando no banco por causa de uma entorse no tornozelo. A única opção é a Sassá, dona de um bom fundo de quadra, mas com dificuldades na rede. Nos últimos jogos, Sassá tem substituído Mari. A oposto Sheilla também está jogando bem abaixo do que pode. Contra a Itália, recebeu 37 bolas, colocou 12 no chão. Teve sete erros de ataque. Para complicar, a Paula que no jogo contra a China tinha atuado muito bem, também teve problemas com o bloqueio italiano. Só marcou 8 pontos. Até mesmo a central e capitã Fabiana, sempre tão regular e decisiva, não foi bem contra a Itália. Marcou só um ponto e foi substituída pela Adenízia. Foi um jogo bem complicado.

A sensação da rodada foi a façanha da República Dominicana e atuação sensacional da Bethania De La Cruz. As dominicanas, que estão em nono lugar, venceram a Alemanha, quarta colocada, por 3 sets a 2 (30/28, 22/25, 25/14, 18/25 e 15/12). A De La Cruz marcou 42 pontos. É isso aí, quase dois sets sozinha. Ela recebeu 67 bolas e marcou 31 pontos no ataque. Fez seis pontos de bloqueio e mais cinco de saque. Demais, né?

Nos outros jogos da rodada, nenhuma surpresa. O Japão ganhou da Coreia por 3 sets a 0 (25/21, 25/18 e 25/17). A Argentina derrotou o Quênia por 3 a 0 (26/24, 25/13 e 25/16). A China passou pela Sérvia por 3 sets a 1 (21/25, 25/19, 25/23 e 25/23. Os Estados Unidos venceram a Argélia por 3 a 0 (25/12, 25/12 e 25/9).

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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