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cida santos

 

13/11/2011 - 12h48

Brasil perde jogo e chance de vaga olímpica

DE SÃO PAULO

Agora complicou mesmo. O Brasil voltou a jogar mal contra o Japão e perdeu a terceira partida por 3 sets a 0 (26/24, 25/19 e 25/23) na Copa do Mundo de Vôlei. As chances de ficar com uma das três vagas para os Jogos de Londres são praticamente nulas. Em oito rodadas, a seleção só tem 12 pontos e ocupa o sexto lugar. A China, terceira colocada, soma 19. Só faltam três jogos. O máximo que as brasileiras podem conseguir são três vitórias e 21 pontos. Só que a equipe chinesa tem como um dos seus três próximos adversários o Quênia. Se vencer, e deve ganhar, já vai para 22 pontos. Mas também não é para desesperar. O Brasil tem mais duas chances de classificação: o Pré-Olímpico Continental e o Pré-Olímpico Mundial. É claro que vai garantir a vaga, o problema é que não se espera isso de uma seleção que é a atual campeã olímpica.

Para quem está acompanhando os jogos, a questão é: o que está acontecendo com a seleção brasileira. O time está jogando bem abaixo do que pode, errando muito e sem vibração em quadra. Uma das causas certamente deve ser o cansaço por uma temporada tão desgastante: a seleção disputou o Grand Prix, o Sul-americano, os Jogos Pan-americanos e agora a Copa do Mundo. Outro problema foi a falta de sorte com as lesões de três ponteiras: Jaqueline, Natália e Fernanda Garay. O técnico José Roberto Guimarães ficou praticamente sem opções no banco para essa posição. Um exemplo: a Mari, que não está em boa fase, foi substituída nesses últimos jogos pela Sassá, que tem um bom fundo de quadra, mas na rede dá prejuízo.

Contra o Japão, a Mari até jogou um pouco melhor, mas não foi o suficiente. Aliás, o time começou bem no jogo. Dava até a impressão que poderia ganhar. Mas aí voltaram os erros de passe, falhas no ataque e uma enorme dificuldade para marcar as jogadas das adversárias. Um detalhe curioso e um tanto raro: o Japão fez mais pontos no ataque que o Brasil: 47 contra 44. O bloqueio não conseguiu parar as atacantes Ebata, que marcou 18 pontos, e a Kimura, 21 pontos. Quem ganhou o prêmio de melhor jogadora da partida e também maior pontuadora foi a Kimura.

O jogo ficou mais complicado porque as japonesas defendem muito e é preciso paciência para derrubar a bola na quadra delas. E a seleção brasileira, já insegura por causa das apresentações anteriores, não teve essa paciência: encarou bloqueio e jogou muita bola para fora. Para piorar, a defesa brasileira não funcionou e ficou mais difícil armar os contra-ataques. O Brasil também errou mais: deu 19 pontos de graça para o adversário. O Japão teve 12 erros. Enfim, não deu.

O bom é que a seleção agora terá dois dias para descansar e pensar um pouco. Na segunda-feira, o time viaja para Tóquio, sede da fase final. Os próximos três jogos são contra adversários mais tranquilos. O primeiro será quarta-feira, às 7h20, contra as argentinas. Depois, vai enfrentar a Argélia e a República Dominicana. Deve conseguir três vitórias.

Para a seleção brasileira o importante agora é tentar localizar e resolver os problemas já que não é normal a maneira como o time se apresentou neste torneio. Mas vale um consolo: no último Campeonato Europeu, a Itália não chegou à final e nem conseguiu se classificar para a Copa do Mundo. Só foi para o Japão porque recebeu um convite da Federação Internacional de Vôlei e agora é a líder e a única invicta do campeonato. Ou seja, todo mundo passa por crises.

Nos outros jogos da rodada, nenhuma surpresa. A Itália venceu a Sérvia por 3 sets a 0 (29/27, 25/19 e 25/10). A China derrotou a Coreia do Sul por 3 a 0 (25/12, 25/8 e 25/16). A Alemanha passou fácil pela Argentina por 3 a 0 (25/22, 25/17 e 25/18). Os Estados Unidos superaram a República Dominicana por 3 a 0 (25/21, 25/19 e 25/14) e a Argélia ganhou do Quênia por 3 sets a 1 (19/25, 25/20, 25/16 e 25/23). Na classificação geral, a Itália é a líder com 23 pontos, seguida por Estados Unidos, com 21, China, 19, Alemanha, 18, Japão, 16 e Brasil, 12.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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