Sem chances, o Brasil cumpre tabela

Não deu mesmo. Terminaram até as remotas chances de o Brasil conseguir uma das três vagas para a Olimpíada de Londres, que estavam em jogo na Copa do Mundo de vôlei. A China derrotou o Quênia por 3 sets a 0 e chegou a 23 pontos. A seleção brasileira fez o seu papel. Venceu a fraquinha Argélia também por 3 sets a 0 (25/18, 25/8 e 25/13), mas não consegue alcançar mais as chinesas. Se ganhar da República Dominicana nesta sexta-feira, na última rodada, pode chegar a 21 pontos. Não tem saída: resta garantir a classificação no Pré-olímpico Sul-americano, em maio. Não tem drama: vai jogar em casa e só vai precisar ganhar da Argentina. Está tranquilo.

As reservas tiveram chance de jogar contra a Argélia. O técnico José Roberto Guimarães deu descanso para a oposto Sheilla e as centrais Thaísa e Fabiana. A seleção começou com as centrais Adenízia e Juciely; as ponteiras Paula Pequeno e Sassá; a levantadora Dani Lins e a oposto Tandara; e a líbero Fabi. O jogo não durou nem uma hora. O lance legal foi o ponto de saque da Camila Brait. Ela é líbero, não marca pontos, mas na Copa do Mundo atuou como uma espécie de ponteira: entrou para sacar e fazer fundo de quadra. A expectativa agora é saber quais jogadoras o técnico Zé Roberto vai escalar para o jogo contra a República Dominicana, que tem uma equipe bem mais forte que Argentina e Argélia. Vai manter a base de reservas ou vai colocar as titulares? Lembrete: as dominicanas ganharam da Alemanha. Podem dar trabalho.

O grande jogo da rodada desta quinta-feira foi o confronto entre Itália e Estados Unidos, as duas equipes com melhores campanhas na Copa do Mundo e que já garantiram as vagas olímpicas. As americanas quebraram a invencibilidade das italianas e assumiram a liderança. A vitória foi por 3 sets a 1 (25/23, 25/15, 22/25 e 25/21). Foi legal o duelo entre a Carolina Costagrande, a maior pontuadora do jogo com 26 pontos, e a Destinee Hooker, com 24. O que definiu mesmo a partida foi o saque. Os Estados Unidos foram eficientes: acabaram com a recepção adversária e fizeram seis pontos de saque.

As americanas, que já foram campeãs este ano do Grand Prix, só dependem delas para conquistar mais um grande título e terminar o ano com a melhor campanha entre as seleções. Nesta sexta-feira vão enfrentar o Japão. Se ganharem por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1 são as campeãs. Chegam a 29 pontos e não podem ser alcançadas pelas italianas, que têm 25. O último adversário da Itália é o Quênia. É vitória certa, mas o time pode chegar a 28 pontos no máximo. A China está em terceiro com 23 pontos e terá um jogo difícil na última rodada contra a Alemanha.