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cida santos

 

20/11/2011 - 11h22

Brasil estreia com vitória e lesões

DE SÃO PAULO

Foi animadora a estreia da seleção masculina brasileira na Copa do Mundo de Vôlei. Ok, o Egito, o primeiro adversário, é um tanto fraquinho, mas valeu a atuação do Brasil na vitória por 3 sets a 0 (25/19, 25/13 e 25/19). O time sacou bem (foram seis aces), errou pouco (só 16 falhas) e o bloqueio também funcionou legal (oito pontos nesse fundamento). Os problemas foram as lesões: o ponteiro Dante sentiu dores no abdômen e teve que sair no segundo set. Marlon sofreu um encontrão na rede com um jogador adversário e deixou a quadra com dores na panturrilha. A maior preocupação é com o Dante. Marlon já deve poder voltar na próxima partida. A questão é que o segundo jogo, neste segunda-feira às 4h da madrugada, é contra os Estados Unidos e pode até decidir o título. O torneio é disputado em pontos corridos. Todo mundo se enfrenta e o dono da melhor campanha é o campeão.

O técnico Bernardinho começou o jogo contra o Egito com a seguinte formação: o levantador Marlon e o oposto Leandro Vissotto; os centrais Lucas e Sidão; os ponteiros Dante e Murilo; e o líbero Serginho. Vissotto, que foi irregular nos últimos torneios, fez uma boa partida. Sidão ganhou mesmo a posição do Rodrigão, que só entrou no terceiro set. O ponteiro Giba substituiu o Dante e foi bem. Bruninho entrou no lugar do Marlon e segurou a onda legal. O destaque foi o Murilo. Sacou bem, bloqueou e teve um belo aproveitamento no ataque: bateu 13 bolas e colocou 10 no chão. Com merecimento, foi eleito o melhor jogador da partida. No Egito, o destaque foi o canhoto Ahmed Abdelhay, o dono da camisa 4. Ele foi o que de u mais trabalho para o bloqueio brasileiro e o maior pontuador do jogo com 14 pontos.

Na entrevista coletiva, o técnico Bernardinho disse que sua maior preocupação é com a falta de ritmo de jogo do time, já que o último torneio que os titulares disputaram foi o Sul-americano, em setembro. Outra preocupação é com o saque, que segundo o técnico, é um tanto irregular. Pelo menos na estreia esse fundamento funcionou. Vai ser importante funcionar de novo amanhã contra os americanos. Por falar em Estados Unidos, eles também venceram na primeira rodada. Pegaram a China, um adversário fraquinho, e venceram por 3 sets a 0 (25/14, 25/23 e 25/21).

A surpresa da rodada foi a facilidade que a jovem seleção argentina derrotou a Sérvia, do oposto Ivan Miljkovic. O placar foi 3 sets a 0 (25/20, 25/13 e 25/18). Os argentinos, comandados pelo técnico Javier Weber, fizeram uma festa enorme. O capitão Rodrigo Quiroga apontou o saque como a grande arma do time. Ele tem razão: foi com um saque forçado que os argentinos pressionaram a Sérvia o tempo inteiro. Os sérvios simplesmente não conseguiram jogar. Outro resultado surpreendente foi a vitória da Polônia pelo placar de 3 sets a 0 sobre Cuba (25/21, 25/23 e 25/16). Os cubanos, liderados pelo garoto prodígio Wilfredo Leon, estão com uma grande seleção. Tecnicamente, o maior problema é a recepção. Emocionalm ente, a equipe carrega a tradição de não saber jogar atrás no placar e se complica por causa disso.

O jogão da rodada ficou por conta da vitória da Rússia sobre a Itália por 3 sets a 1 (22/25, 25/22, 25/22 e 25/21). E olha que o técnico russo, o Vladimir Alekno, até confessou na entrevista coletiva que o time estava um tanto tenso porque está com um novo levantador, o Alexander Butko, 25 anos e 1,98 m. No último Campeonato Mundial, em 2010, o titular foi o Sergey Grankin. Outro desfalque do time russo foi o central gigante Dmitry Muserski, de 2,18m. Ele até jogou no primeiro set e deu uma entradinha no terceiro, mas não está ainda em plena forma. A expectativa é que nas próximas partidas já possa jogar o tempo inteiro. A Itália perdeu, mas teve o maior pontuador do jogo, o oposto canhoto Lasko, com 26 pont os.

No último jogo da rodada, o Irã, atual campeã asiático, confirmou que agora é o dono da bola no seu continente. Venceu o Japão por 3 sets a 1 (17/25, 25/20, 25/23 e 25/15). Na próxima rodada, a expectativa é para dois grandes confrontos: Brasil x EUA e Sérvia x Polônia. As outras partidas são mais mamão com açúcar: Cuba x Irã; Argentina x Japão; Egito x Itália e Rússia x China.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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