O campeão paulista

O Vôlei Futuro ganhou um incentivo extra para disputar a Superliga Nacional de Vôlei: a conquista do seu primeiro título paulista. Foi um resultado significativo principalmente porque derrotou o Osasco, time que tem como base seis jogadoras da seleção brasileira. No terceiro e último jogo, a vitória do Vôlei Futuro foi por 3 sets a 1 (25/20, 20/25, 25/20 e 25/20). Um dos destaques foi a ponteira Fernanda Garay, a maior pontuadora da partida com 21 pontos.

Vale um destaque para o técnico Paulo Coco, o dono da bola do Campeonato Paulista. Foi o terceiro título consecutivo dele. Os dois anteriores foram pelo Pinheiros. Ele foi corajoso. O seu time tinha ganhado o primeiro jogo e perdido o segundo, com uma atuação irregular da líbero americana Stacy Sykora. O técnico resolveu tirar Sykora no terceiro confronto. Optou pela Verê, a líbero reserva, e a sua decisão deu muito certo.

Outro fator fundamental foi o saque do Vôlei Futuro, praticamente todo direcionado em cima da ponteira Ju Costa, o ponto mais frágil da linha de recepção do Osasco que é formada também pela Jaqueline e Camila Brait. Logo no primeiro set, o técnico Luizomar de Moura já teve que colocar a Samara no lugar da Ju Costa para tentar melhorar o passe. Outro problema foi o excesso de erros do Osasco: 31 no jogo todo. Mais de um set de graça para o adversário.

O Vôlei Futuro conta com uma grande vantagem: a ponteira Paula Pequeno esta voltando a jogar muito bem e ela faz diferença. O time também tem uma central que joga muita bola: a Walewska, que logo depois da conquista do título olímpico em 2008 resolveu se aposentar da seleção. Uma pena. Paulo Coco tem revezado as duas levantadoras, Ana Tiemi e Ana Cristina. Tiemi jogou bem no terceiro confronto e deve ter confirmado a posição de titular.

O Osasco tem uma base bem respeitável: a levantadora Fabíola e a oposto Tandara; as ponteiras Jaqueline e Ju Costa; as centrais Thaísa e Adenízia; e a líbero Camila Brait. No segundo confronto, o Osasco foi perfeito: sacou bem e ganhou com facilidade do Vôlei Futuro. No jogo decisivo, deixou claro seu ponto mais frágil: a recepção com Ju Costa.

Nesta sexta-feira, o Osasco vai apresentar um grande reforço: a oposto americana Destinee Hooker. Ela pega a bola lá no céu. É uma atacante com muitos recursos. Com a chegada de Hooker, Tandara deve ficar na reserva ou assumir a posição de ponteira titular no lugar da Ju Costa.

O certo é que Osasco e Vôlei Futuro iniciam nesta semana a participação na Superliga Feminina como um dos favoritos ao título, ao lado do Rio de Janeiro, do técnico Bernardinho, e do Sesi, do técnico Talmo. Aliás, a primeira rodada já reúne Rio e Sesi, neste sábado, às 15h, no ginásio do Maracanãzinho. Vai ser um jogão. A levantadora Fernanda Venturini é um dos destaques do time carioca, repleto de estrelas como a oposto Sheila, a ponteira Mari e a líbero Fabi. Aos 41 anos, Fernanda resolveu voltar a jogar e com número de camisa nova. Trocou a sua tradicional 14 pela um, o mesmo número usado pelo técnico Bernardinho quando era jogador e pelo levantador Bruninho.