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cida santos

 

13/01/2012 - 22h11

A poderosa cubana do Minas

Você já viu a ponteira cubana Herrera jogar? Se a resposta for não, precisa ver. A dona da camisa 12 do Minas dá show. Ela foi a maior pontuadora da partida, com 23 pontos, e ajudou o seu time a quebrar a invencibilidade do Osasco com uma vitória por 3 sets a 1 (25/21, 15/25, 26/24 e 25/17). Ela segue o tradicional estilo da compatriota Mireya, a melhor atacante do mundo nos anos 80 e início dos 90. É baixa, tem 1,81 m, mas salta muito. Pega bola lá no céu, tem um braço rápido e muita força no ataque.

A tese da torcida mineira é que quando a Herrera joga bem, não dá para ganhar do Minas. Essa tese tem fundamento. Ela é a maior pontuadora da Superliga. A cena mais legal do jogo contra o Osasco aconteceu no terceiro set. O time estava atrás no placar e iniciou uma reação espetacular. Das arquibancadas, os torcedores começaram a pedir para a levantadora Claudinha dar as bolas para a Herrera. Ela seguiu a instrução. O jogo ficou concentrado na Herrera, mas algumas bolas foram também para a outra cubana da equipe, a oposto Ramirez. Resultado: vitória de virada nesse set por 26/2 4.

O Osasco não conseguiu se recuperar da derrota no terceiro set. Jogou muito mal na parcial seguinte. Parecia perdido em quadra. Chegou a estar perdendo por 21 a 13. Vale um destaque para a levantadora do Minas, a Claudinha, 24 anos, 1,82 m. Ela é abusada. Arriscou bolas de segunda e teve sucesso com sua ousadia. Nesta temporada está em plena forma e jogando bem. Merecia atenção da comissão técnica da seleção. Pode ser uma opção em uma posição tão carente no país.

O que chama a atenção é que o Osasco teve até um bom aproveitamento no bloqueio. Fez 19 pontos nesse fundamento, mesmo assim o Minas conseguiu ainda marcar 57 pontos de ataque, nove a mais do que o adversário. Isso mostra o poder do ataque da equipe mineira.

O maior problema do Osasco foi na recepção. A linha de passe começou com Camila Brait, Jaqueline e Tandara, que foi deslocada para a ponta depois da chegada da oposto americana Destinee Hooker. E adivinhem em cima de quem o Minas concentrou o saque? Na Tandara, lógico. O técnico Luizomar teve que mudar a sua formação já no primeiro set: colocou a Ju Costa no lugar da Tandara. A recepção não melhorou muito, mas o Osasco conseguiu equilibrar o jogo com a eficiência da sua defesa e com o poder do seu bloqueio. Venceu o segundo set.

Para complicar, o oposto Destinee Hooker não estava inspirada. No quarto set, o técnico Luizomar de Moura colocou a Tandara no lugar da americana, mas ela também não foi bem. A levantadora Karine, que está substituindo a Fabíola que sofreu uma lesão no joelho, usou pouco as jogadas rápidas com as centrais mesmo quando tinha o passe na mão. O destaque do Osasco foi a ponteira Jaqueline, com 19 pontos.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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