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cida santos

 

25/01/2012 - 13h14

Fernanda já faz a diferença

Ninguém segura o Rio de Janeiro. No confronto que valia a liderança da Superliga Feminina de Vôlei, o time jogou muita bola e passou fácil pelo Vôlei Futuro por um surpreendente 3 sets a 0 (25/14, 25/19 e 25/21) em pouco mais de uma hora. A ponteira Mari teve seu melhor desempenho na competição. Foi a maior pontuadora da partida com 17 pontos: 10 de ataque, 6 de bloqueio e um de saque.

Vale também destacar a atuação da levantadora Fernanda Venturini. Aos 41 anos, deu show em quadra ontem. Distribuiu bem o jogo e deu velocidade ao time. É muito legal ver como ela finta as centrais adversárias. Em uma partida em que o Rio não teve bom passe, também foi possível perceber como ela conserta as bolas tortas que recebe, ora com manchete, ora com uma mão só.

A Fernanda começou a Superliga um tanto sem ritmo, já que estava sem jogar havia quatro anos. Nas últimas rodadas, ela está fazendo a diferença. É a melhor levantadora da Superliga. Em uma equipe com duas grandes atacantes, como a Mari e a Sheilla, isso representa uma enorme vantagem. O problema é que a Fernanda já está falando em parar de jogar no fim da Superliga, em abril. Em entrevista ao canal Sportv, ela descartou totalmente a possibilidade de voltar a defender a seleção, se bem que a relação entre ela e o técnico José Roberto Guimarães também não é das melhores. Disse que nem se o avião da seleção cair e não tiver jogadoras, ela vai. Radical.

O Rio, comandado pelo técnico Bernardinho, também mostrou um bloqueio poderoso: 15 pontos nesse fundamento contra só dois do adversário. Os destaques desse paredão foram a Mari, com seis pontos, e a Juciely, com cinco. A base do time foi a Fernanda e a oposto Sheilla; as ponteiras Mari e Regiane; as centrais Valeskinha e Juciely; e a líbero Fabi.

Os dois times têm uma linha de recepção diferenciada: uma de suas centrais (a Valeskinha, do Rio, e a Walewska, do Vôlei Futuro) participa do passe. A líbero entra no lugar de uma das ponteiras e não dessas duas centrais. Mesmo assim, as duas equipes mostraram problemas na recepção.

O Rio jogou bem, mas o Vôlei Futuro também atuou bem abaixo do que pode. O técnico Paulo Coco criticou a postura da equipe. Entrou um tanto desconcentrada para um confronto que valia a liderança da competição. Ele disse que o time não foi o mesmo que vem jogando e brigando pelas primeiras posições. O Vôlei Futuro teve muitos erros de ataque e saque. Foram 17 erros no total. A base foi a levantadora Ana Cristina e a oposto Joyce; as centrais Walewska e Carol Gattaz; as ponteiras Fernanda Garay e Paula Pequeno; e a líbero Stacy Sykora.

Com a derrota, o Vôlei Futuro perdeu a vice-liderança. Caiu para o terceiro lugar. Tem agora oito vitórias, duas derrotas e 23 pontos, dois a menos que o Osasco. O líder é o Rio com nove vitórias, apenas uma derrota e 27 pontos.

A próxima rodada, a última do primeiro turno, vai ter outro jogão. O Rio vai enfrentar o Osasco, da ponteira Jaqueline, no sábado, às 10h, na casa do adversário. Para tirar a liderança do time carioca, o Osasco vai ter que ganhar por 3 sets a 0 ou 3 sets a 1, placares que rendem 3 pontos. Até com uma derrota por 3 sets a 2, que vale um ponto para o perdedor e dois para o vencedor, o Rio permanece em primeiro lugar.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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