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cida santos

 

28/01/2012 - 16h01

Rio erra menos nos momentos cruciais

DE SÃO PAULO

O Rio engrenou. Vai ser difícil parar o time, comandado pelo técnico Bernardinho, na Superliga Feminina. No maior clássico do vôlei brasileiro, mostrou uma grande qualidade: errar menos nos momentos decisivos. O Osasco jogou um bolão no primeiro set, parecia que ia atropelar a equipe carioca. Mas quem diria, mesmo sem contar com a oposto Sheilla em seus melhores dias, o Rio venceu o jogo, de virada, por 3 sets a 1 (17/25, 25/21, 27/25 e 25/23) na casa do adversário. Com o resultado, manteve a liderança e terminou o primeiro turno com uma derrota na estreia e dez vitórias seguidas.

Os destaques do Rio foram as duas ponteiras: Mari marcou 16 pontos e Regiane 18. Só ficaram atrás de outra ponteira, a Jaqueline, do Osasco, que marcou 21 pontos e foi a maior pontuadora do jogo. Não dá para esquecer a levantadora Fernanda Venturini. Experiente e tranquila nos momentos cruciais, ela acelerou bastante o jogo e dificultou a vida do bloqueio adversário.

Nesse confronto contra o Rio, o Osasco surpreendeu no primeiro set usando bastante as bolas rápidas pelo meio. Vale lembrar que esse era um dos problemas apresentados pela equipe desde a lesão da levantadora Fabíola. Karine mostrava certa dificuldade para acertar a bola da central Thaísa. Para completar, Jaqueline estava inspirada. Só no primeiro set fez oito pontos.

A história mudou a partir do segundo set. O Rio mostrou um saque mais eficiente e quebrou o passe adversário, o bloqueio passou a funcionar e a Mari acordou. Ela tinha marcado só um ponto no primeiro set inteiro. Só no segundo já fez 7 pontos. As duas últimas parciais foram mais equilibradas. O Rio teve melhor aproveitamento no bloqueio (16 pontos contra 13), mas o que definiu mesmo o placar foi o fato de o time errar menos nos momentos decisivos. Já o Osasco perdeu muitos contra-ataques.

A equipe, comandada pelo técnico Luizomar de Moura, perdeu o jogo, caiu da vice-liderança para o quarto lugar na classificação geral, mas tem o que comemorar. A levantadora Fabíola e a oposto americana Destinee Hooker estão recuperadas. As duas começaram no banco e entraram muito bem em uma inversão de rede no segundo set nos lugares da Tandara e da Karine. Hooker impressionou tanto que não saiu mais de quadra. Fez 11 pontos.

No segundo turno, que começa na terça-feira, o Osasco já poderá contar com a equipe completa. Se não houver mais nenhuma surpresa por lesão, o time vai ficar bem legal e lutar mesmo pelo título. A base vai ser a Fabíola e a Hooker; a Jaqueline e a Ju Costa; as centrais Adenízia e Thaísa; e a líbero Camila Brait. Vale um destaque para a Jaqueline. Ela tem jogado um bolão.

O Rio ainda pode ter um reforço, a ponteira Natália, que se recupera de uma cirurgia para a retirada de um tumor benigno na canela. A previsão é que ela só volte na reta final da Superliga. Se não puder contar com a Natália, o Rio não tem o que temer. Está com o time certinho mesmo com duas centrais baixinhas para os padrões atuais do vôlei: a Valeskinha tem 1,80 m e a Juciely, 1,84 m. A equipe, que conta com a Sheilla e a Mari, tem o melhor ataque da Superliga.

O Rio é o líder com 30 pontos, quatro a mais que o Vôlei Futuro. O Minas subiu para o terceiro lugar com 25 pontos, a mesma pontuação do Osasco. A diferença está na média dos sets ganhos divididos pelos perdidos.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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