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cida santos
Brasil perde e deixa escapar vaga na final
DE SÃO PAULO
Não deu para o Brasil. O time perdeu para a Polônia por 3 sets a 1 (25/22, 25/23, 21/25 e 25/22) e deixou escapar a classificação para a fase final da Liga Mundial de Vôlei. Agora, resta à seleção esperar até o dia 1º de julho, quando terminam os jogos dos outros grupos, para saber se vai ficar com a última vaga em disputa: aquela que classifica o segundo melhor colocado entre as quatro chaves. Uma pena.
O certo é que a Polônia está jogando melhor. Pior do que isso: está se acostumando a derrotar os brasileiros. Em quatro jogos nesta Liga, venceu três. Preocupante. Basta dar uma olhada nas estatísticas desse último confronto e dá para perceber que o diferencial foi no ataque, o fundamento tradicionalmente mais forte do Brasil. Foram 50 pontos de ataque contra 58 dos poloneses.
A seleção teve uma dificuldade enorme de marcar os ponteiros adversários, principalmente o Kurek, o craque da Polônia, o dono da camisa seis e o maior pontuador do jogo com 21 pontos. O outro ponteiro, o Winiarski, fez 15 pontos. Os opostos Bartman e Jarosz se revezaram em quadra, mas juntos registraram 19 pontos.
A virada de bola do Brasil não foi tão eficiente. Os nossos atacantes não estão rendendo tudo o que podem e têm desperdiçado bolas importantes. Para complicar, o levantador Bruninho tem insistido com a repetição de algumas jogadas e Ricardinho não tem entrado bem. Ricardinho precisa se soltar e ganhar confiança.
Se bem que há pelo menos um motivo para comemorar. O oposto Leandro Vissotto, que estava um tempo sem atuar já que passou por um cateterismo em abril, entrou no segundo set, no lugar do Wallace, e jogou bem. Foi o maior pontuador da equipe com 19 pontos.
No jogo deste domingo, o mérito também foi do técnico italiano Andrea Anastasi. Ele mexeu bem no time e foi um dos responsáveis pela vitória. Na reta final do primeiro set, tirou seu principal atacante, o oposto Bartman, que não estava bem, e colocou o Jarosz. Substituiu o levantador titular Zygadlo pelo Zagumny. As mudanças deram certo. Zagumny deu um ritmo diferente e ficou em quadra até o fim da partida. Bartman só voltou no fim do terceiro set.
Já o Brasil traçou o resultado do jogo no primeiro set. Teve a chance de vencer, abriu uma vantagem de 22/20, perdeu um contra-ataque e o controle do jogo. A inversão de rede feita pelo técnico Bernardinho, com Ricardinho e Leandro Vissotto nos lugares de Bruno e Wallace, também não deu resultado. A seleção não fez mais nenhum ponto e foi derrotada por 25/22. O resultado do primeiro set deixou a Polônia confiante e o Brasil se abateu.
A seleção brasileira só jogou bem no terceiro ser, quando passou a errar menos. Nas duas parciais anteriores, tinha feito 15 erros. Nesse set, só quatro. O saque também melhorou e o bloqueio finalmente funcionou. Fez seis pontos nesse fundamento. Nos outros três sets, o time só marcou quatro pontos de bloqueio.
Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.
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