Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 

cida santos

 

31/07/2012 - 21h32

A grande vitória sobre os russos

As más atuações na Liga Mundial de Vôlei mexeram mesmo com a seleção brasileira masculina. O time parece outro. Quem poderia imaginar que o Brasil iria vencer fácil a Rússia, atual campeã da Copa do Mundo, por 3 sets a 0 (25/21, 25/23 e 25/21) na segunda rodada dos Jogos Olímpicos? Melhor do que tudo: além de jogar bem, a equipe está mostrando muita vontade e união. No terceiro set, uma imagem reveladora dessa história: Ricardinho, que iria entrar em uma inversão de rede, ouve dicas do ponteiro Giba. Tudo em paz.

O único momento complicado aconteceu no segundo set, quando o oposto Maxim Mikhaylov foi para o saque e destruiu a recepção brasileira. Os russos, que perdiam o set por uma diferença de sete pontos, encostaram no placar. O técnico Bernardinho chegou até a colocar o ponteiro Thiago Alves no lugar do oposto Leandro Vissotto e armou uma linha com quatro jogadores (Dante, Murilo, Thiago e Escadinha) para receber o saque de Mikhaylov.

O grande momento do jogo aconteceu no terceiro set, quando as duas seleções fizeram uma série de defesas seguidas. Foi sensacional. A bola ficou em disputa por 44 segundos, um tempo longo para um jogo de vôlei masculino, marcado cada vez mais por fortes ataques e bolas no chão.

Na primeira rodada, mesmo com a fragilidade da Tunísia, já tinha dado para perceber que a seleção estava jogando com mais velocidade e muito concentrada. Contra os russos, essa história se repetiu. O Brasil também variou bastante o saque, alternou alguns mais forçados com outros flutuantes. O resultado foi um estrago na recepção adversária. A Rússia apostou em saques mais forçados e acabou tendo prejuízo. Deu para o Brasil quase um set inteiro de graça com seus erros de saque.

O ponteiro Dante, que contra a Tunísia sentiu dores no joelho, não foi poupado. Jogou a partida inteira e a impressão é que não teve problemas. Murilo, o outro ponteiro que sofreu nesta temporada com uma tendinite no ombro, parece que também está bem. Mostrou segurança no ataque. Contra os russos, foi um dos destaques nesse fundamento e o maior pontuador. E você sabe: com os dois ponteiros bem, ao contrário do que aconteceu na Liga Mundial, tudo fica mais fácil.

O levantador Bruninho jogou muita bola e contagiou os companheiros com a sua garra. Nas inversões de rede, Ricardinho entrou em quadra e mais uma vez mostrou que o período de treinamento em Saquarema, antes da Olimpíada, foi muito bom para ele. Ricardinho, que não foi bem na Liga Mundial, voltou a mostrar a sua técnica refinada. Distribuiu bem as bolas e jogou com velocidade.

Na próxima rodada, a seleção brasileira terá o maior desafio desta fase: vai enfrentar os Estados Unidos, que também estão invictos com duas vitórias por 3 sets a 0. A última delas foi sobre a Alemanha. O jogo será nesta quinta-feira, às 18h. O técnico Bernardinho deve repetir a mesma base que venceu os russos: o levantador Bruninho e o oposto Leandro Vissotto; os centrais Sidão e Lucas; os ponteiros Murilo e Dante: e o líbero Escadinha.

A grande surpresa da rodada aconteceu no outro grupo: a Polônia, campeã da Liga Mundial, foi derrotada pela Bulgária por 3 sets a 1. Zebrão.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página