Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 

cida santos

 

30/03/2011 - 22h45

Erros de saque derrubam o Sesi

DE SÃO PAULO

Quem acompanhou a primeira partida semifinal da Superliga de Vôlei entre Sesi e Minas não pode reclamar. Foi um jogão. Muitas defesas, a bola dificilmente caía no chão, parecia até jogo feminino. O problema foi o número excessivo de erros de saque. E foi justamente isso que derrubou o Sesi. O time errou 29 saques e foi derrotado em casa pelo Minas por 3 sets a 2 (16/25, 25/19, 21/25, 25/23 e 15/11).

O que não deu certo no fim do jogo foi justamente o fator de sucesso do Sesi no primeiro set. Com o saque forçado, teve uma atuação impressionante: destruiu a recepção adversária e obrigou o levantador Marlon a jogar com bolas mais lentas. O técnico do Minas, Marcelo Fronckowiak, até comentou que se o Sesi tivesse conseguido manter esse ritmo durante todo o jogo teria vencido por 3 sets a 0.

Dois fatores foram fundamentais para a vitória do Minas. O primeiro foi a entrada do ponteiro Luiz Felipe, o Chupita. Ele começou o jogo no banco e substituiu Ezinho a partir do segundo set. Puxou o time, virou muitas bolas, marcou 17 pontos e foi eleito o melhor jogador da partida. O outro fator foi a opção do técnico de trocar o saque forçado pelo tático no quinto set. O time já tinha 20 erros nesse fundamento. Com o saque tático do Otávio, sempre em cima do Murilo, o bloqueio voltou a funcionar e o time abriu 5 a 1 já no início do quinto set. Detalhe: o técnico do Minas também ousou. Tirou o americano Russel Holmes, o melhor bloqueador do torneio, e colocou o novato Otávio, 20 anos, no lugar dele. Deu certo.

O Sesi foi o dono da melhor campanha na Superliga e tem condições de empatar a série no jogo do próximo sábado em Belo Horizonte. Para isso, vai ter que diminuir o número de erros. No total deu 42 pontos, quase dois sets, de graça para a equipe mineira com suas falhas. É muita coisa. O Minas teve 26 erros. Outra questão é aprender a lição com o adversário: às vezes vale mais um saque tático do que correr o risco de errar tantos saques forçados. O time também passou por um estresse no quinto set: o técnico Giovane ficou bravo com o oposto Wallace, que em um dos pedidos de tempo não permaneceu na rodinha dos jogadores ouvindo as instruções. Giovane deu bronca no atacante. Wallace foi o maior pontuador da partida com 22 pontos. Murilo marcou 20.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página