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cida santos

 

14/07/2011 - 21h29

Foi pior do que um treino

DE SÃO PAULO

Foi bem mais tranquilo que um treino: a seleção brasileira feminina passou fácil pelo Peru na rodada de abertura da Copa Internacional. O placar foi 3 sets a 0 (25/14, 25/15 e 25/13). A única dificuldade contra um adversário tão frágil é manter a concentração, mas a seleção conseguiu. O técnico Zé Roberto não gostou da decisão do Peru de não mandar todas as jogadoras que disputaram a Copa Pan-Americana. Ele disse que o jogo foi bem pior do que um treino e que se soubesse que o adversário viria tão fraco, teria sido melhor enfrentar a seleção B do Brasil. Ele tem razão.

Mesmo assim, o técnico colocou sua força máxima em quadra: a levantadora Dani Lins e a oposta Sheilla; as centrais Fabiana e Thaísa; as ponteiras Mari e Paula Pequeno; e a líbero Fabi. Zé Roberto mexeu pouco no time. Só no final do segundo e do terceiro set, entraram algumas reservas. Uma boa notícia: a Natália, que retirou um tumor benigno da canela, já voltou a jogar um pouquinho. O técnico diz que não fez muitas alterações porque quer dar ritmo de jogo as suas titulares para o Grand Prix, que tem início em agosto.

O Peru é o mais fraquinho do torneio. O país, que foi a principal força da América do Sul nos anos 70 e 80, não conseguiu mais montar um grande time. Nesta temporada, vive um novo recomeço. Saiu o técnico coreano Kim Cheol Yong e entrou o italiano Luca Cristofani. A novidade é a presença da levantadora Elena Keldibekova. Ela é russa, naturalizada peruana e tem 37 anos. Na Copa Pan-Americana, disputada este mês pelo Brasil, foi eleita a melhor levantadora. Ela é habilidosa, mas é difícil jogar em um time com tantas limitações.

Para quem gosta de vôlei, a dica é acompanhar nesta sexta-feira o confronto entre Brasil e Japão, certamente o melhor jogo da Copa Internacional. A seleção japonesa está completa e bem diferente de temporadas anteriores. O primeiro sinal foi no ano passado, quando conquistou a medalha de bronze no Campeonato Mundial. O time manteve a velocidade e a qualidade na defesa, mas para surpresa geral melhorou muito no contra-ataque e no bloqueio. Ficou difícil enfrentar as japonesas. No Mundial, o Brasil sofreu. Venceu na semifinal, mas foi de virada no quinto set, depois de perder as duas primeiras parciais do jogo.

Nesta quinta-feira, na primeira rodada da Copa Internacional, as japonesas venceram as italianas por 3 sets a 0 (25/21, 25/19 e 25/15). Uma explicação para esse placar tão folgado: a Itália veio com time misto. Está sem algumas estrelas como Piccinini, Del Core e Lo Bianco. Mas cá entre nós, a seleção italiana poderia ter atuado melhor. Está com algumas jogadoras que poderiam ter dificultado um pouco mais a vida das japonesas como a Carolina Costagrande; as centrais Arrighetti e Guiggi; a ponteira Bosetti; Gioli que está atuando como oposta e a levantadora Ferretti. Nesta sexta-feira, a Itália vai enfrentar o Peru e deve conseguir sua única vitória no torneio.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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