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cida santos
A hora da decisão para o Brasil
DE SÃO PAULO
Terminar em primeiro lugar e com a melhor campanha da fase de classificação do Grand Prix de Vôlei não foi uma vantagem para a seleção brasileira feminina. O time caiu no grupo mais difícil da etapa final, que começa nesta quarta-feira em Macau, na China. O primeiro adversário será a Itália. Na quinta-feira, vai pegar o Japão e na sexta os Estados Unidos. Só pedreira.
Mas afinal porque a seleção brasileira caiu nessa chave? O problema é que pelo regulamento a China, como país sede, ficou com a posição de primeiro colocado, mesmo tendo ficado em sétimo. Então, todo mundo perdeu uma posição: o Brasil passou ser considerado o segundo na formação dos grupos. Ficou junto com o terceiro colocado (EUA), sexto (Itália) e sétimo (Japão).
A Rússia, uma das favoritas ao título, ficou na outra chave, ao lado da Sérvia, China e Tailândia. Parece que a chamada surpreendente derrota na última rodada para o Japão por 3 sets a 0 não foi mesmo por acaso. O discurso do técnico Vladimir Kuzyutkin segue a linha que ele poupou algumas jogadoras e testou outras porque o time já estava classificado. O certo é que essa derrota teve resultado positivo para as russas: elas perderam uma posição para os Estados Unidos, mas ficaram fora do grupo do Brasil.
A Rússia ficou em uma chave mais tranquila. A seleção chinesa está com um time renovado e não tem a mesma força de antes. A Tailândia é a equipe mais fraca da fase final. A Sérvia tem boas jogadoras e foi a única seleção que conseguiu vencer os Estados Unidos na fase de classificação. As duas vagas para as semifinais desse grupo devem ficar com Rússia e Sérvia.
Mas tem aquela velha história: quem quer ser campeão, não escolhe adversário. O Brasil está com um time muito bem fisicamente, está jogando bem e deve decidir com as americanas o primeiro lugar da chave. Mas os outros confrontos também vão ser complicados. Com as italianas, a seleção brasileira é a favorita, mas a rivalidade faz sempre os dois times crescerem muito em quadra. A Itália ganhou nesta reta final dois grandes reforços: a levantadora Lo Bianco e a atacante Simona Gioli. Já o Japão tem evoluído muito. Ganhou mais força no saque, no bloqueio e no ataque. No último Campeonato Mundial, fez uma semifinal duríssima contra o Brasil e perdeu por 3 sets a 2.
Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.
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