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cida santos

 

25/08/2011 - 14h28

As estratégias de Brasil e Estados Unidos

DE SÃO PAULO

A seleção brasileira já está classificada para a semifinal do Grand Prix de Vôlei e joga nesta sexta-feira contra os Estados Unidos para decidir a liderança do grupo. A novidade é que pela lógica o ganhador desse confronto enfrentaria a Rússia na semifinal. Só que para surpresa geral, as russas perderam das sérvias e devem acabar em segundo lugar na outra chave. Ou seja, o vencedor entre Brasil e Estados Unidos vai ganhar um presentinho nada agradável: decidir uma vaga na final com as atuais campeãs mundiais.

Ok, a Rússia não está com a bola toda neste Grand Prix. Em 11 jogos, já perdeu três: para o Japão, Coreia do Sul e Sérvia. Em relação ao time que conquistou o título mundial, tem pelo menos dois desfalques bem consideráveis: as ponteiras Sokolova, que pediu uma folga, e Kosheleva, com problemas no joelho. Mas você sabe como é: a seleção russa tem tradição e na hora da decisão cresce muito. E além de tudo tem a gigante Ekaterina Gamova, 2,02 m, que sempre faz uma diferença enorme.

Ainda acho mais difícil enfrentar as russas do que as sérvias. Se bem que a Sérvia já ganhou dos Estados Unidos na fase de classificação e tem uma atacante que está jogando muita bola: a Jovana Brakocevic. Detalhe: as sérvias já estão classificadas e nesta sexta-feira enfrentam a Tailândia. A Rússia ainda não confirmou a vaga. Tem que vencer a China ou torcer por uma derrota da Tailândia.

Mas enfim, vale aquela velha frase bem chavão: quem quer ser campeão, não escolhe adversário. E o que importa é que a seleção brasileira está jogando muito bem. Nesta quinta-feira, contra o Japão, a vitória veio rápida: 3 sets a 0 (25/17, 25/22 e 25/21). O time foi bem no saque, no bloqueio, na defesa e no contra-ataque.

A notícia ruim é que foi confirmado o diagnóstico da ponteira Mari: ela teve um estiramento na região abdominal e possivelmente não consiga se recuperar até domingo, dia da final. A notícia boa é que a Fernanda Garay entrou no lugar da Mari contra as japonesas e deu show. Foi a maior pontuadora do jogo com 17 pontos e ganhou elogio até do técnico Zé Roberto Guimarães: "A Fernanda foi a melhor jogadora do nosso time. Ela recepcionou, atacou e bloqueou bem".

A outra novidade é que a Natália entrou no lugar da Paula no segundo set e jogou até o fim da partida. O problema é que a Paula não está cem por cento fisicamente. Saiu do jogo com dores nas costas. Contra os Estados Unidos, a base da equipe deve ser a mesma que venceu o Japão: a levantadora Dani Lins e a oposta Sheilla; as ponteiras Fernanda Garay e possivelmente Paula; as centrais Thaísa e Fabiana; e a líbero Fabi.

Uma curiosidade é sobre qual será a estratégia dos técnicos do Brasil e Estados Unidos para o confronto desta sexta-feira. As duas seleções já estão classificadas, o jogo vai ser na véspera da semifinal e fica uma pergunta: será que os técnicos vão querer desgastar suas atletas. Acho que não. A tendência é que eles procurem poupar um pouco as jogadoras.

O maior problema do Brasil vai ser marcar a oposta Destinee Hooker. Na última rodada, ela foi o grande destaque na vitória das americanas sobre as italianas por 3 sets a 2 (25/19, 21/25, 22/25, 25/22 e 15/10). Fez 30 pontos, todos de ataque. Um espetáculo.

No outro jogo da rodada, mais um capítulo da decadência chinesa. Mesmo jogando em casa, a China perdeu para a Tailândia por 3 sets a 1. Já soma duas derrotas nessa fase final e está com a lanterninha do grupo.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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