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cida santos

 

28/08/2011 - 13h26

A medalha de prata do Brasil

DE SÃO PAULO

Foi o pior jogo da seleção brasileira no Grand Prix de Vôlei. Nada deu certo na hora da decisão do título em Macau, na China. O time foi derrotado pelos Estados Unidos com um placar surpreendente: 3 sets a 0 (26/24, 25/20 e 25/21). O bloqueio e a defesa, tão eficientes na campanha invicta para chegar à final, não funcionaram. O saque também não entrou, as atacantes tiveram dificuldades na virada de bola e a levantadora não foi bem na distribuição do jogo. Uma pena.

Ok, as americanas também jogaram muito bem. Pararam as brasileiras no bloqueio e na defesa. Já o bloqueio do Brasil não conseguiu marcar as ponteiras Logan Tom, Jordan Larson e a oposta Destinee Hooker, eleita a melhor jogadora do Grand Prix. Para você ter uma ideia, o Brasil só fez dois pontos de bloqueio. Muito pouco. As centrais Fabiana e Thaísa, destaques dos jogos anteriores, não foram bem.

Também vale destacar a disciplina tática das americanas. Elas seguiram direitinho todas as informações que a comissão técnica passou sobre as adversárias. As jogadas do Brasil estavam muito marcadas. Ou paravam no bloqueio ou eram neutralizadas pela defesa.

O técnico Zé Roberto Guimarães tinha um problema sério. Com os desfalques de Mari e Paula Pequeno, que se machucaram nos jogos da última semana e foram substituídas por Fernanda Garay e Natália, ele só tinha uma opção no banco para a ponta: a Sassá. Ela é boa no fundo de quadra, mas na rede contra os Estados Unidos fica complicado. É baixinha e dá prejuízo.

Para complicar, o time brasileiro estava muito tenso. Começou já muito mal no primeiro set. Logo, as americanas abriram 11 a 5. O Brasil até reagiu, mas não conseguiu virar o placar. A derrota por 26 a 24 no primeiro set pesou demais para a equipe. Depois disso, tudo ficou mais difícil.

A Dani Lins, eleita a melhor levantadora do torneio pelos 13 jogos que fez antes da final, não repetiu suas boas atuações. As jogadas com as centrais Thaísa e Fabiana, tão decisivas nas partidas anteriores, não foram muito acionadas. Ela concentrou muito o jogo na Fernanda Garay e teve dificuldade para acertar a bola da Sheilla.

O bom é que o Grand Prix serviu de experiência para algumas jogadoras que nunca haviam disputado essa competição como Fernanda Garay e Tandara. Aliás, a Garay foi eleita a melhor recepção do torneio. Apesar de ser a levantadora titular, a Dani Lins também é uma novata em finais. Nos principais torneios da temporada passada, como Grand Prix e Campeonato Mundial, ela ficou fora das decisões porque havia perdido a posição para a Fabíola. Desta vez, Dani jogou a final e pelo menos ganhou mais experiência, que vai ser importante para ela. O técnico Zé Roberto até colocou a Fabíola algumas vezes em quadra, mas também não deu certo.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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