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cida santos

 

20/10/2011 - 12h41

A decisão entre Brasil e Cuba

DE SÃO PAULO

Sem surpresas. A final dos Jogos Pan-americanos vai reunir na noite desta quinta-feira as duas melhores seleções do torneio feminino de vôlei: Brasil e Cuba. Não vai ser fácil. No último Pan, no Rio de Janeiro, a vitória foi das cubanas. A vantagem é que por causa da rivalidade e do equilíbrio entre as duas equipes, a chance de a concentração das jogadoras cair é mínima. Na semifinal, por exemplo, a seleção brasileira derrotou a República Dominicana por 3 sets a 0, mas na última parcial o técnico José Roberto Guimarães se irritou bastante porque a equipe simplesmente se desligou do jogo.

Uma das dificuldades do Brasil hoje será manter a qualidade da recepção apesar do saque poderoso das adversárias. A líbero Fabi define muito bem o que é o saque das cubanas: "Elas têm um saque de homem. A número dois, a Santos, saca no mesmo nível de um homem e a rede ainda é mais baixa. É pancada". Tudo fica mais complicado porque uma das virtudes do Brasil é jogar com velocidade. Sem o passe na mão, fica difícil.

O que chama a atenção é como a seleção cubana está jogando bem. Algo surpreendente já que fez uma temporada muito ruim: ficou em 11º lugar no último Grand Prix e nem se classificou para a Copa do Mundo já que ficou fora da final do torneio continental da América do Norte e Central. Foi superada pela Republica Dominicana e Estados Unidos. Mas enfim, quem acompanhou a vitória do Brasil sobre Cuba por 3 sets a 1 na fase de classificação, percebeu que o time caribenho evoluiu muito. As duas ponteiras, a Palácios e a Carcaces, estão jogando um bolão. A central Gyselle Silva é rápida, tem muita força e um saque que é uma pedrada. Na semifinal, Cuba venceu os Estados Unidos por 3 sets a 1. Detalhe: a seleção norte-americana disputou o Pan com uma equipe B.

O técnico Zé Roberto deve manter o mesmo time base que derrotou as dominicanas na semifinal com a levantadora Dani Lins e a oposto Sheilla; as ponteiras Mari e Paula Pequeno; as centrais Thaísa e Fabiana; e a líbero Fabi. A equipe jogou muito bem nos dois primeiros sets com a República Dominicana. A levantadora Dani Lins fez a sua melhor partida: distribuiu bem o jogo. Mari e Paula foram as maiores pontuadoras com 11 pontos cada uma. No terceiro set, o time perdeu a concentração e o técnico Zé Roberto fez algumas alterações que deram certo como Fernanda Garay no lugar da Paula Pequeno.

cida santos

Cida Santos é jornalista e uma das autoras do livro "Vitória", que narra a trajetória da seleção masculina de vôlei, campeã olímpica em 1992. Escreve de segunda a sexta no site.

 

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