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eliane cantanhêde

 

31/07/2008 - 21h04

Evitando a loucura

Salvas para as novas regras contra o maldito SAC, que deveria ser de atendimento ao cliente, mas virou de enlouquecimento de clientes, especialmente de bancos, telefonia celular, telefonia fixa e serviços de TV a cabo.

Se você já caiu nessa rede, sabe do que estou falando. Se ainda não caiu, não queira cair nunca. Cancelar contratos, exigir direitos, fazer reclamações, corrigir erros, tudo isso virou um verdadeiro suplício.

Você precisa ligar dezenas de vezes, ouvir musiquinhas e vozes anóditas dizendo coisas assim: "para...., disque 1; para...., disque 2....". Aí, você disca o 9 e, para seu desespero, começa tudo de novo: "para..., disque 1; para...., disque 2". Aí, ou a ligação cai, ou nenhuma opção contempla o que você quer, ou não consegue falar com atendente nenhum ou -- o pior dos mundos -- o atendente não foi "programado" justamente para o seu caso.

É ou não de chorar? É ou não desesperador? E acontece às centenas, talvez milhares, todos os dias. Uma praga!

Em decreto assinado hoje, no Planalto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva instituiu algumas mudanças para enquadrar as empresas e seus SAC e tentar preservar minimamente os direitos --além da sanidade-- do cliente/consumidor/contribuinte. Podem ser assim resumidas:

1 - Atendimento 24 horas para serviços ininterruptos, como cartão de crédito e telefonia;

2 - Um único telefone, gratuito, para informações e reclamações

3 - Opções de contato com atendente e de cancelamento obrigatórias já no menu inicial (se os atendentes souberem o que estão fazendo, facilitaria muito).

4 - Resposta à reclamação em cinco dias úteis e...

5 - Cancelamento imediato, assim que solicitado pela vítima, quer dizer, pelo consumidor.

Como já escrevi aqui mesmo, neste espaço, uma Pensata sobre agruras tentando cancelar um celular da Vivo, só posso comemorar. Mas, além disso, espero que os serviços públicos também façam a sua parte. Não adianta nada endurecer as regras de empresas privadas ambiciosas e irresponsáveis, se não houver fiscalização, seriedade, rapidez e punição.

Entonces, façamos assim: os SAC privados estão com as barbas de molho. Que os SAC públicos, como Anatel, Procons e órgãos assim, fiquem prontos para fazer cabelo, barba e bigode!

A plebe agradece antecipadamente, mas vai ficar esperta para ver se o decreto é para inglês ver, ou se é mesmo para valer!

eliane cantanhêde

Eliane Cantanhêde, jornalista, é colunista da Página 2 da versão impressa da Folha, onde escreve às terças, quintas, sextas e domingos. É também comentarista do telejornal 'GloboNews em Pauta' e da Rádio Metrópole da Bahia.

 

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