Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 

humberto luiz peron

 

14/12/2011 - 16h52

É possível conquistar o mundo

Em seu primeiro desafio no Mundial de Clubes, o Santos fez sua parte e venceu o modesto Kashiwa Reysol por 3 a 1. A partida foi tranquila para o time de Muricy Ramalho, que já aos 24 minutos de jogo vencia por 2 a 0, com direito a dois belos gols: um de Neymar e o outro de Borges.

Com a boa vantagem, o time japonês ficou um bom tempo com a posse de bola, mas mesmo assim, o Kashiwa Reysol, só conseguiu finalizar uma bola com certo perigo contra o gol de Rafael.

O início do segundo tempo, apesar de empolgação dos japoneses após marcarem o seu gol, o Santos ainda conseguia controlar o jogo e carimbou seu passaporte para a final de domingo, numa cobrança de falta de Danilo.

Como estamos falando da decisão e o Santos muito provavelmente deve enfrentar o Barcelona, todos perguntam: é possível o time da Vila Belmiro bater o time catalão?

Acho que o Santos têm condições de vencer o Barcelona, mesmo achando que o clube espanhol aparecendo com bom favoritismo e sendo um time excepcional, um dos melhores de toda história do futebol mundial.

Por exemplo, acho que o Santos tem mais possibilidades de bater o Barcelona do que tinha o Inter em 2006. Não custa lembrar que naquela ocasião o Colorado conquistou o planeta.

É lógico que são necessários alguns ajustes.

Um deles, o técnico Muricy Ramalho já tornou público logo após o jogo das semifinais, que é o lado esquerdo da sua defesa. Se o setor se comportar tão mal quanto na partida contra o Reysol, o Santos além de perder a decisão corre um sério risco de tomar um goleada - até porque uma das jogadas mais fortes do time catalão é pela direita de ataque, com a presença de Daniel Alves.

Não é só fato que Durval estar jogando improvisado pela lateral e não ter velocidade, mas também porque falta a aproximação de algum jogador de meio para dar cobertura ao setor. Tem que definir qual jogador, Bernardo ou Arouca, que fique naquela faixa do gramado.

O que vai ser preciso para o Santos ganhar o Mundial é que ele também consiga equilibrar a posse de bola com o Barcelona. É muito difícil fazer isso, pois o time espanhol toca muito bem a bola e vai envolvendo o adversário.

Mas, o que poucos percebem é que o time espanhol marca muito bem sufoca e dá poucos espaços para o adversário jogar.

Por isso, quando o Santos tiver a posse de bola, ele vai ter que ser certeiro para armar os ataques e não ser afoito - o que é bem diferente de ser rápido. O que escrevi agora não é uma tarefa impossível para o time de Muricy Ramalho.

O Santos tem jogadores no meio que são capazes de fazer a bola girar e, com isso, obrigar o Barcelona a realizar o que não tem costume: correr atrás da bola para recuperá-la. Não há time que não fique impaciente por não ficar com a bola nos pés.

Para que tudo isso funcione é fundamental que Paulo Henrique Ganso volte a ser o cérebro da equipe, sabendo o exato momento de prender ou acelerar o ritmo do time, além das aparições de Arouca, Elano e Henrique sempre no campo de ataque.

Também é necessário que os laterais subam mais ao ataque, principalmente Danilo, que avança com eficiência pelo lado do campo e é muito perigoso quando entra pelo setor central da defesa do adversário.

Outro aspecto favorável para os santistas é explorar a velocidade nas costas dos não muito rápidos zagueiros do Barcelona.

Em um jogo contra o Barcelona, o Santos, se quiser ganhar, tem que continuar jogando ofensivamente, pois se só se preocupar em defender e tentar algo apenas no contra-ataque, suas possibilidades são mínimas.

Por fim, não custa nada lembrar que um craque pode decidir uma partida. Se o time espanhol um grande craque chamado Messi, a equipe brasileira tem Neymar, que vive um momento extraordinário e está jogando com muita confiança. Uma jogada do camisa 11 da Vila Belmiro pode mudar a história de qualquer partida.

Quem tem um jogador como Neymar nunca pode ser considerado uma zebra.

Até próxima.

Mais pitacos em: www.twitter.com/humbertoperon

DESTAQUE
Com os clubes com um bom dinheiro na mão, confesso que tenho muito receio de como esse montante será gasto. Na época das férias, muitos clubes farão investimentos fora da realidade e montarão times ruins e caros. Fico preocupado, pois é histórica a incapacidade dos nossos dirigentes, mesmo com o caixa abarrotado, em formar times.

ERA PARA SER DESTAQUE
Esqueci de comentar na última semana, mas volto ao tema. É inadmissível que na final do torneio mais importante do país, o Campeonato Brasileiro, não exista uma taça para que ela seja erguida e mostrada aos torcedores do time vencedor.

O jornalista viajou a convite da Toyota

humberto luiz peron

Humberto Luiz Peron é jornalista esportivo, especializado na cobertura de futebol, editor da revista "Monet" e colaborador do diário "Lance". Escreve às terças-feiras no site da Folha.

 

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página