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humberto luiz peron

 

14/07/2009 - 13h51

O melhor é (ou seria?) Jorginho ficar

HUMBERTO PERON
Colaboração para a Folha Online

O mistério vai continuar por mais alguns dias. Será que o Palmeiras vai apresentar um novo técnico ou vai efetivar Jorginho no posto de treinador? Agora, sem a perspectiva de contratar Muricy Ramalho, o melhor para o clube seria acabar com a indefinição e efetivar Jorginho no cargo.

Muitos acham que Jorginho não está preparado para o cargo e que com sua inexperiência como treinador ele não suportaria a pressão de duas derrotas seguidas, por exemplo. Isso pode ser verdade. Mas também temos que avaliar que o clube não tem opções para contratar um treinador, no momento, que possa fazer mais do que Jorginho. Já disse que, após demitir Vanderlei Luxemburgo, o Palmeiras só não perderia se contratasse o ex-técnico do São Paulo.

Como isso não foi possível, qualquer treinador que o Palmeiras contrate vai gerar desconfianças. Com que moral vai chegar um técnico agora sabendo que a opção do clube era trazer Muricy? Como será que a diretoria explicará a contratação de um técnico que acabou de ser demitido por maus resultados para conduzir um clube que, bem ou mal, aparece entre os melhores da competição?

Mas o principal motivo para a efetivação de Jorginho agora é a sequência de jogos que o clube vai fazer até o começo de agosto. Até o dia 8 do próximo mês, o Palmeiras vai jogar duas vezes por semana. Não seria lógico trazer um treinador agora nessa situação.

Um técnico novo seria um mero distribuidor de camisas. Sem treinamentos, ele teria pouco tempo para conhecer os jogadores e fazer mudanças na equipe. Portanto, se chegar agora um novo treinador vai fazer bem menos do que Jorginho.

Sem dizer o desconforto que trará no elenco um novo treinador. A chegada de um novo técnico sempre acaba afetando os jogadores. Agora Jorginho tem todo o apoio dos jogadores do time, principalmente os mais experientes e os líderes da equipe.

Conversando reservadamente com os atletas do time, eles repetem o mesmo que dizem na frente das câmeras --afirmam que a melhor solução no momento seria a manutenção do treinador interino.

Está certo que foram poucos jogos e pouco tempo de trabalho de Jorginho. Mas pode-se dizer que o Palmeiras já tem algo do seu novo comandante. Ao assumir, Jorginho fez o simples. Sepultou de vez o esquema 3-5-2 que não se encaixa com os jogadores que o time conta, principalmente os zagueiros, e optou pelo 4-4-2.

Conhecendo o elenco, efetivou Souza como volante e achou a posição ideal para Cleiton Xavier jogando agora mais avançado como um armador ao lado de Diego Souza. Só com isso ele conseguiu o Palmeiras chegando com mais homens no ataque.

Vendo Jorginho nos treinos se percebe o seu trabalho correto ao posicionar os jogadores, além da vontade de trabalhar alguns fundamentos, principalmente as finalizações. A tabela que originou o terceiro gol do Palmeiras contra o Náutico é um dos trabalhos que o treinador faz nos treinos.

Tudo bem que os primeiros adversários que Jorginho teve pela frente foram alguns dos times mais fracos do campeonato, mas não se pode negar que o Palmeiras foi mais solto em campo e que o desempenho da equipe melhorou bastante.

Não tenho medo de afirmar que o Palmeiras de Jorginho é melhor do que o de Luxemburgo. Talvez porque o treinador definiu o estilo de a equipe atuar, o que o antigo técnico não tinha conseguido durante esse ano.

Agora seria o momento da efetivação de Jorginho. Isso daria mais tranquilidade para o seu trabalho e acabaria a impressão que ele é o treinador da equipe só até amanhã.

Muitos, inclusive alguns membros da diretoria do clube, desconfiam que não seja a hora de Jorginho ser efetivado, mas pelo momento não há outra solução: Jorginho deve ser realmente o técnico do Palmeiras.

Até a próxima.

Para quem quiser conferir pitacos diários confira no meu Twitter

Cotadas como equipes que só iriam lutar contra o rebaixamento, Barueri e Santo André fazem excelentes campanhas nesse começo de Campeonato Brasileiro. Os dois times estão conseguindo bons resultados. O Barueri, por exemplo, conseguiu quebrar a invencibilidade do Atlético-MG, líder do campeonato. Já o clube do ABC tem um sistema defensivo muito forte, principalmente quando joga fora de casa. Os bons desempenhos desses clubes indicam que, mais uma vez, um time tradicional irá participar da Série B no próximo ano.

O estilo ofensivo que o técnico Paulo Cesar Carpegiani implantou no Vitória. Independentemente de o time jogar em casa ou não, o time baiano sempre joga ofensivamente, procurando o gol. Contra o Santos, por exemplo, marcou seis vezes e criou pelo menos mais dez oportunidades claras de fazer o gol. Exemplo de como o time joga aberto é o ala Apodi, que sempre está atacando e aparece várias vezes com chances de finalização. Num futebol cada vez mais quadrado é gostoso ver o Vitória procurando sempre o ataque.

humberto luiz peron

Humberto Luiz Peron é jornalista esportivo, especializado na cobertura de futebol, editor da revista "Monet" e colaborador do diário "Lance". Escreve às terças-feiras no site da Folha.

 

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