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humberto luiz peron

 

28/06/2010 - 17h38

O adversário foi o ideal

Fizemos a nossa melhor partida no Mundial até agora. Na vitória de 3 a 0 sobre o Chile, o Brasil encontrou um adversário que o permitiu usar as suas armas ofensivas mais fortes no momento: o contra-ataque e o jogo aéreo.

Como era de se esperar, os chilenos saíram tentando abafar a saída de bola do Brasil. Nesse início, o Chile conseguia ficar com a posse de bola, mas não ameaçava ao gol de Júlio César. Era questão de tempo para o Brasil achar um contra-ataque e criar uma situação de gol. E, logo aos 5min, Daniel Alves fez um ótimo lançamento para Luis Fabiano, que acabou finalizando mal.

Ainda com os chilenos tentando sair para o jogo, sobrou espaço para uma finalização de Gilberto Silva, de fora da área, outra de Ramires e uma boa arrancada de Kaká, com uma finalização para fora.

Depois dos quinze minutos, o Brasil passou a ter controle total da partida, com os chilenos protegendo a entrada da área. Mas, com o domínio da bola, a seleção não conseguia criar. Com os laterais bem marcados, o time tinha que jogar pelo meio e era facilmente bloqueado pelos chilenos.

Contra a baixa estatura dos chilenos a bola aérea era uma opção que deveria ser explorada. E foi. Quando Juan subiu livre para fazer o gol do Brasil, após a cobrança de escanteio. Os chilenos ainda tentavam se acertar no campo, quando três minutos depois acabaram levando o segundo gol, numa jogada de contra-ataque - arrancada de Kaká e finalização de Luis Fabiano.

Aí, era saber quantos gols o Brasil faria no segundo tempo, já que os chilenos foram para o tudo ou nada. Sobrou todo espaço do mundo para o nosso contra-ataque. Jogadores como Robinho, Kaká, Daniel Alves e Ramires tiveram todo o espaço do mundo para carregar a bola. Faltava só um pouco de capricho no passe para deixar o atacante na cara do gol, ou acertar uma finalização.

Isso aconteceu, quando depois de uma bela corrida de Ramires, Robinho fez uma finalização precisa e marcou o nosso terceiro gol.

Poderíamos ter feito mais uns três gols, mas paramos nos três.

Que venha a Holanda nas quartas. Outro adversário que favorece o nosso estilo de jogo - só que com muito mais qualidade que o frágil time chileno.

Até a próxima.

humberto luiz peron

Humberto Luiz Peron é jornalista esportivo, especializado na cobertura de futebol, editor da revista "Monet" e colaborador do diário "Lance". Escreve às terças-feiras no site da Folha.

 

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