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gilberto dimenstein
A grande lição de Kassab
A pesquisa Datafolha mostra que Gilberto Kassab está deixando uma grande lição aos paulistanos. Ele tinha tudo para sair da prefeitura com alta popularidade, aproveitando o prestígio adquirido em seu primeiro mandato. Mas, segundo a pesquisa, 80% querem agora um governo diferente. O que significa que ele corre o risco de se tornar um cabo eleitoral às avessas.
Ao lançar o Cidade Limpa, ele transmitiu, sem nenhuma obra, a sensação de cuidado com a cidade --e, de certa forma, compensava o abandono de José Serra.
Preferiu, porém, tornar-se um líder nacional. E conseguiu. Virou uma peça importante em Brasília, interlocutor de Dilma e Lula. Só não está com o PT porque Serra virou candidato, do contrário estaria de mãos dadas com Haddad no palanque.
Conheceu mais a alma de Brasília do que a de São Paulo. Não entendeu que as notícias sobre seu sucesso nacional seriam vistas como descaso local, agravando a sensação deixada pela partida precoce de Serra.
Ele perdeu a cidade apenas porque passou a sensação de que não cuidou da cidade. E aí está o grande risco de Serra, já que sua alta de rejeição tem a ver com o efeito trampolim.
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Fico impressionado como muitos petistas não veem mais problemas em aliar-se com Paulo Maluf. Caro leitor, veja os comentários, muitos dos linchadores virtuais de sempre, sobre a aliança Maluf-Haddad. Leia aqui os comentários da coluna Dá Nojo e Haddad, o novo e o marketing.
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Os linchadores digitais do PT e PSDB, unidos neste espaço, estão se igualando nos ataques a coluna --e até nas baixarias.
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.
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