Saltar para o conteúdo principal

Publicidade

Publicidade

 
 

gilberto dimenstein

 

16/08/2012 - 08h17

Greve remunerada é férias

Reitores decidiram contrariar a orientação do governo: não vão cortar o ponto dos grevistas. Não vão enviar ao governo a relação das faltas.

Natural a reação dos reitores: afinal, eles são eleitos pelo voto da comunidade acadêmica, agindo não como defensores do patrimônio público, mas de seus eleitores.

A verdade simples é a seguinte: fazer greve é um direito. Mas greve remunerada ( e aqui com dinheiro público) não é greve. É apenas férias.

Estamos assistindo um descalabro com dinheiro púbico: a apropriação crescente dos recursos públicos pelo lobby de servidores, muitas vezes travestidos de projetos ideológicos - mas, de verdade, revelam jogos de poder no ambiente sindical, onde partidos sem a menor expressão eleitoral acabam ditando as regras.

Já pagamos quatro meses por ano de salários para manter governos inchados, ineficientes e corruptos, onde quase não existe promoção por mérito. Acha-se normal a reivindicação em algum segmentos do funcionalismo - Polícia Federal - de um salário inicial de R$ 12 mil. O que não se paga nem nas melhores empresas privadas, dessas disputadas por dezenas de milhares dos melhores estudantes.

Quanto mais vamos ter de pagar?

gilberto dimenstein

Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

 

As Últimas que Você não Leu

  1.  

Publicidade

Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página