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gilberto dimenstein

 

10/09/2012 - 08h00

O nome de Deus em vão

Deus virou o principal eleitor na cidade de São Paulo. É o que explica, em parte, a liderança de Celso Russomano. José Serra corre atrás dos votos dos religiosos; Chalita quer ser o candidato dos católicos. Fernando Haddad decidiu ser mais agressivo para obter os votos deles, depois de ver que, na periferia, está perdendo força por causa da questão religiosa.

Não tenho nada, muito pelo contrário, contra qualquer religião. O que tenho contra é a mistura de religião com política - e ainda mais com negócios. Uma das conquistas das humanidade, no Ocidente, foi separar a religião do Estado, depois de ver tantas tragédias cometidas em nome de Deus.

E, aí, se igualam judeus, católicos, islâmicos e evangélicos. Basta ver como, em várias regiões do mundo, a fé religiosa tem gerado tanto ódio, quando misturada com a política.

O que estamos vendo em São Paulo é, nesse aspecto, um retrocesso: políticas públicas devem ser tomadas por critérios laicos.

Como são muitos votos - e há fortes grupos econômicos por trás, com suas redes de comunicação - os políticos preferem ficar em silêncio sobre essa mistura de religião com política.
Isso é, para mim, o que significa usar o nome de Deus em vão. E, em muitos casos, dos negócios.

gilberto dimenstein

Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

 

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