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gilberto dimenstein

 

15/10/2012 - 07h46

Baixarias de Serra e Haddad

José Serra está tentando, ao máximo, vincular a imagem de Fernando Haddad às roubalheiras cometidas pelo PT.

Chegou a dizer que José Dirceu seria guru do ex-ministro. Atrás nas pesquisas, o ex-governador vê no mensalão e no chamado kit-gay um jeito de desconstruir o ex-ministro da Educação. E resvala para a baixaria. Mas o PT e o próprio Haddad não servem como exemplo.

Haddad acusou o vice de Serra, Alexandre Schneider, ex-secretário municipal da educação, de improbidade administrativa. O que, colocado em palanque, é logo traduzido por roubo.

Há, de fato, um processo de improbidade contra o ex-secretário por ter contratado, sem licitação, curso de formação de professores de uma entidade reconhecidamente séria (Fundação Victor Civita) - a lei permite que, em casos de notório saber, a licitação seja dispensada. Tanto permite que o próprio Ministério da Educação contratou os serviços dessa mesma fundação.

Não se está discutindo a qualidade do curso oferecido ou se ocorreu desvio, mas uma questão técnica sobre licitação.
Mas, colocado em palanque, o assunto atinge muita gente - a começar por uma entidade respeitável como a de Victor Civita.

Haddad acaba atingindo a si próprio. Afinal, quem firmou o acordo com a secretaria municipal foi Claudia Costin, então presidente da Fundação, hoje secretária da educação da cidade do Rio - e uma das primeiras aliadas da candidatura Haddad.

É o mesmo erro cometido por Serra ao sugerir suposta convivência de Haddad com fraudes -- em análise no TCU -- na contratação de um sistema de segurança ao Enem.

gilberto dimenstein

Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

 

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