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gilberto dimenstein

 

19/10/2012 - 05h23

Só um milagre salva Serra

A esta altura da disputa, apenas um milagre salva José Serra. Não apenas por causa da sua alta taxa de rejeição que, segundo a última pesquisa Datafolha, bateu nos 52%. O problema é a onda paulistana, cujo sinal é claro: quer-se algo novo, seja lá o que parecer novo. Poderia ter sido Celso Russomano ou Gabriel Chalita.

Fernando Haddad faz parte de uma estrutura partidária vista como velha, aliada a personagens como Maluf. Mas ele parece, nas imagens, menos velho politicamente do que Serra, apoiado no desgastado Kassab --um prefeito que, como todos sabemos, estaria neste momento do palanque do PT não fosse Serra ter saído candidato.

A dificuldade de Serra é que seu discurso é baseado, em primeiro lugar, no mensalão --e o paulistano não parece disposto a trazer esse tema para a esfera local. Mais importante é que ele se apresenta com mais experiência --e aí mora o problema.

Os eleitores querem saber de algo novo, mesmo com menos experiência.

No mais, acontece o que todos prevíamos: muita gente imaginaria que Serra não queria, de verdade, ser prefeito. Para ele, era apenas mais uma eleição.

Na falta de um discurso que pegue, ele pessoalmente prefere tentar desqualificar o oponente, gerando o que é previsível nas campanhas eleitorais --mais rejeição.

Se Serra por acaso vencer essa eleição, ele entra na história como uma das mais fantásticas viradas de que se tem notícia.

gilberto dimenstein

Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

 

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