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gilberto dimenstein
SP é máquina de moer carne
Por mais e melhor que se faça na cidade de São Paulo, é pouco, muito pouco, diante de tantos problemas acumulados num espaço habitado por 11 milhões de habitantes. É uma máquina de moer carne de prefeitos, independentemente de partidos e ideologias.
Basta ver a lista dos moídos, apesar de, em certos momentos, desfrutarem de alta popularidade entre os paulistanos. Marta Suplicy perdeu duas vezes; Maluf e Pitta caíram em desgraça; Luiza Erundina tentou se reeleger em vão; Gilberto Kassab sai com péssima avaliação depois de atingir um pico de popularidade. Se as pesquisas confirmarem a tendência amanhã, José Serra será o mais recente "moído".
Muitos se elegem em cima de um tema --saúde, por exemplo-- e são derrotados e atacados pelas fragilidades nessa área. Fala-se que uma cidade desse tamanho seria ingovernável e deveria ser dividida. Ou transformada em um novo Estado.
Uma coisa, porém, é certa --e ficou ainda claro nessa eleição. O paulistano não vota com a cabeça em Brasília, quer alguém que simplesmente cuide da cidade. Tão simples --mas aqui tão complexo.
Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.
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