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gilberto dimenstein

 

31/10/2012 - 09h06

Haddad, Kassab e Alckmin encenam?

Nesses primeiros dias como prefeito eleito, Fernando Haddad mostrou-se disposto a trabalhar com todos, a começar com Gilberto Kassab, que demonizou durante a campanha, e Geraldo Alckmin, o próximo alvo do PT. E tanto Kassab quanto o governador mostraram-se, diante das câmaras, abertos a parceria. Estão apenas encenando?

Teríamos de ser tapados para desconhecer os atritos entremeados nessa relação. E, quando as eleições se aproximarem, começarão as jogadas baixas. Sabemos que o sonho agora do PT é pegar o Palácio dos Bandeirantes. E essa discussão sobre a violência já se encaixa nessa ambiente, digamos, pré-eleitoral.

Independentemente disso, é indispensável à cidade de São Paulo, sem dinheiro e com muitos problemas, ter uma costura que envolva os governos federal e estadual. Aliás, é um escândalo que essa teia não funcione bem - e não funciona. A cidade não é tratada em Brasília como mereceria: um espaço estratégico a todo o país.

Um bom exercício de maturidade democrática ao paulistano é acompanhar com lupa o jeito como a incompetência burocrática, somada ao descaso e aos jogos políticos, prejudicam a cidade.

É mais do que óbvio que a dívida da cidade com a União é impagável e que esses termos são injustos - a dívida saltou de R$ 10 bilhões para mais de R$ 50 bilhões. Agora que o PT assumiu a prefeitura, o governo federal está mais aberto a negociá-la. Mas não podia ter feito isso antes?

gilberto dimenstein

Gilberto Dimenstein ganhou os principais prêmios destinados a jornalistas e escritores. Integra uma incubadora de projetos de Harvard (Advanced Leadership Initiative). Desenvolve o Catraca Livre, eleito o melhor blog de cidadania em língua portuguesa pela Deutsche Welle. É morador da Vila Madalena.

 

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