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julio abramczyk
O sopro que sinaliza futuros problemas
Um sopro, identificado no pescoço no exame de rotina, ajudaria na prevenção do AVC (acidente vascular cerebral). Um estreitamento na carótida, a artéria principal do pescoço, produz o som que se ouve com o estetoscópio.
O médico Jong Hun Park e colegas do Departamento de Cirurgia Vascular da Faculdade de Ciências Médicas da Santa Casa de São Paulo, em pesquisa publicada na revista "Clinics", explica a correlação entre sopro no pescoço e estenose de carótida.
A relação da doença coronária com a estenose de carótida também é reconhecida, já que os dois problemas têm mecanismos patogênicos similares. Também doença cardíaca e hipertensão são indicadores de estenose nessa artéria, sendo que 80% dos derrames ocorrem em pessoas assintomáticas.
Para os autores, o tratamento precoce nos portadores de estenose da carótida ajudaria na prevenção do derrame e poderia reduzir a incidência do AVC.
Do total da população estudada, 7,4% tinham estenose de carótida. Detectado o sopro, o diagnóstico foi confirmado por exame de ultrassom com Doppler.
Os fatores de risco para o derrame são: idade média de 70 anos, sopro na artéria carótida, dor na panturrilha ao andar, insuficiência coronária e tabagismo.
Esse último foi considerado um importante fator de risco para a formação de placas de gordura nas artérias, pois 51% dos portadores de estenose na carótida fumavam.
Julio Abramczyk, médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico. Na Folha desde 1960, já publicou mais de 2.500 artigos. Escreve aos sábados.
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