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julio abramczyk

 

01/12/2012 - 05h08

Analfabetismo ou letramento

O nome parece novo, mas o problema é bem antigo. Agora, não é mais só a letra do médico a culpada pelo paciente não saber como tomar o remédio.

Letramento ou alfabetização em saúde está relacionada ao paciente ter capacidade, ou não, da leitura da receita e do entendimento sobre a sua doença, a partir de informações da equipe médica.

Artigo de revisão publicado no "Jornal Brasileiro de Nefrologia", por Luanda T.M. Santos e colaboradores, mostra que, para os doentes terem melhor entendimento sobre os cuidados com a saúde, haveria necessidade de assistência especial para esses doentes.

Com base no "Indicador de Alfabetismo Funcional", que avalia o letramento geral no Brasil, os autores referem que 27% dos brasileiros entre os 15 e 64 anos de idade são considerados analfabetos funcionais. Desses, 9% são analfabetos absolutos que não conseguem decodificar palavras e frases.

Para a área da nefrologia, estudos mostraram que o número de consultas com o nefrologista nos 12 meses anteriores ao início da terapia renal substitutiva não garantiu melhor conhecimento dos pacientes sobre as opções existentes para o tratamento da falência funcional dos rins.

Dessa forma, são as limitações dos pacientes em entender as informações básicas que comprometem o tratamento, o que deveria constituir um alerta para o Sistema Único de Saúde (SUS).

Por isso, os autores destacam a necessidade de aumentar o conhecimento e o entendimento dos pacientes sobre a doença que os afeta melhorando a comunicação dos profissionais de saúde com esses doentes.

julio abramczyk

Julio Abramczyk, médico formado pela Escola Paulista de Medicina/Unifesp, faz parte do corpo clínico do Hospital Santa Catarina, onde foi diretor-clínico. Na Folha desde 1960, já publicou mais de 2.500 artigos. Escreve aos sábados.

 

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