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luiz caversan

 

10/12/2011 - 11h58

Bimbalham os sinos de novo

Como já disse aqui certa vez, adoro odiar o Natal. Não o Natal em si, a data, mas tudo o que gira em torno de fim de ano: excesso de compras, excesso de trânsito na cidade, excesso de "caridade", excesso de coisas que se tem de fazer para "entrar no clima"; excessos, enfim.

Como não odiar o excesso das cores escolhidas para iluminar as árvores das principais avenidas de São Paulo, por exemplo, com seu azul luz-negra puteiro, o verde-limão caipirinha, o amarelo fogo de chão e o vermelho vergonha alheia?

E do jeito que vai a falta de vergonha das pessoas que decidem o tamanho da iluminação das fachadas dos prédios, cada vez maior, mais desproporcional e mais ostensiva, daqui a uns dois natais será preciso mais que uma Belo Monte para sustentar tanto desperdício de energia elétrica.

Trânsito caótico, compras frenéticas, necessidade de agradar este e aquele que não se quer, mas nesta época do ano você "precisa" pelo menos dar uma lembrancinha... É de odiar, não?

E as festinhas de amigo secreto que reúnem um monte de inimigo explícito? Ninguém queria estar ali, mas sempre tem aquela animada de oliveira que faz questão de organizar o encontro em que gente que mal se falou durante o ano é obrigada a trocar gentilezas e presentinhos sem graça. Esta semana mesmo vi um amigo secreto num restaurante (no restaurante é pior ainda...) em que o clima estava mais para velório do que para fim de ano.

E a hipocrisia campeia solta nesta época, argh! Ontem mesmo a vizinha do 16º, que nunca olha na cara da gente, já estava toda sorridente, desejando "boas festas" para quem encontrasse pela frente...

Tudo isso é muito chato, não?

Mais chato ainda é gente que fica reclamando do Natal. Ah, isso é demais...

Mesmo porque não adianta nada, todo ano volta, todo ano é a mesma coisa.

Aliás, já tirei a decoração da caixa e preciso sair para comprar a bendita árvore de Natal.

E o pinheiro natural este ano está custando os olhos da cara...

luiz caversan

Luiz Caversan é jornalista e consultor na área de comunicação corporativa. Foi repórter especial, diretor da sucursal do Rio da Folha, editor dos cadernos 'Cotidiano', 'Ilustrada' e 'Dinheiro', entre outras funções. Escreve aos sábados.

 

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