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luiz caversan

 

28/04/2001 - 00h00

Os prazeres de uma biblioteca

Nestes tempos de internet, buscas virtuais, comunicações em tempo real e outras modernidades que facilitam a vida da gente, tive ainda agora uma experiência que poderia ser classificada de completamente antiquada, mas que me surpreendeu pelo prazer que ainda causa: a manipulação de livros.

Depois de pouco mais de um ano do meu retorno do Rio, onde dirigia a sucursal da Folha, para a sede do jornal, em São Paulo, finalmente consegui desencaixotar meus livros e montar, numa bela estante de madeira clara novinha em folha, minha biblioteca.

Quer dizer, biblioteca é força de expressão. Trata-se apenas de poucas centenas de exemplares acumulados ao longo do tempo, alguns deles verdadeiramente importantes (como as obras completas de Machado de Assis em papel bíblia), outros de valor apenas emocional (um exemplar antigo de Monteiro Lobato), e outros que não sei o que estão fazendo ali (como uma daquelas bobagens de Sidney Sheldon, da qual juro que vou me livrar).

Mas o fato é que a proximidade dos livros, a possibilidade de manipulação, as cores das capas, o cheiro do papel, tudo aquilo causou uma sensação muito boa.

Estabeleceu-se, vamos dizer assim, uma relação entre eu e todo aquele mundo de ficção, realidade, conhecimento acumulado, enfim.

Rolou um clima que eu nunca consegui sentir nos meus encontros com o computador. Nada contra meu lap-top, aliás bem bacaninha, ou o computador do jornal, que me servem satisfatoriamente.

Mas, pela primeira vez, eu tive a sensação real, concreta e definitiva de que o livro é um objeto fadado a permanecer para sempre na minha vida. Por mais que eu me integre à vida digital, mesmo com a iminência do surgimento do "papel" de cristal líquido, em que as informações se reciclam à vontade do freguês, possibilidade que me entusiasma, os livros serão sempre uma necessidade.

Nada do que poderá ser proporcionado pela tecnologia vai substituir o prazer de vasculhar a estante, sacar esse ou aquele volume, folhear suas páginas, reler trechos fixados na memória ou que dela teimam em fugir.

O mundo que está disponibilizado na tela do computador é verdadeiramente um encanto, uma dádiva da modernidade.

Mas, desculpe o sentimentalismo, adoro os livros e tenho certeza de não estar sozinho nessa paixão.

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Quando a gente pensa que já viu de tudo em política, que as baixarias já chegaram ao limite máximo, eis que a vida nos surpreende. A desfaçatez com que os senadores Arruda e ACM admitiram ter mentido (estariam mentindo de novo?) é de envergonhar as paredes do Congresso, que já ouviram os maiores disparates.

O que será que um adolescente, por exemplo vai pensar disso tudo? Ora, dirá o jovem com o caráter ainda em formação, se um senador pode mentir assim descaradamente, eu posso fazer simplesmente de tudo...

Muito instrutivos, senhores senadores da República, muito instrutivo.

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luiz caversan

Luiz Caversan é jornalista e consultor na área de comunicação corporativa. Foi repórter especial, diretor da sucursal do Rio da Folha, editor dos cadernos 'Cotidiano', 'Ilustrada' e 'Dinheiro', entre outras funções. Escreve aos sábados.

 

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