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luiz caversan

 

15/05/2004 - 00h00

Qualidade de vida emocional

Artigos de revista, rodas de amigos, debates na TV, encontro na escola dos filhos, reunião de condomínio e qualquer outro indicador de tendências de comportamento permitem que se constate o seguinte: há uma preocupação crescente das pessoas antenadas em melhorar sua qualidade de vida emocional.

Não sei se alguém já cometeu essa expressão. Caso contrário, está aqui: qualidade de vida emocional é o segredo, a síntese do que o ser urbano moderno e minimamente informado vem buscando, ainda que muitas vezes sem o perceber claramente.

Nos relacionamentos todos, dos filhos aos chefes, do supermercado ao trânsito, do namorado ou companheiro ao ex, tudo o que puder ser feito para que se consiga conter estresses desnecessários, desgastes mentais inconvenientes, reações exageradas que levem ao destempero ou à depressão (clínica ou não) são os focos preferenciais de atenção desse ser que busca uma qualidade maior no viver, no sentir o viver, no ato de reverter as situações a seu favor para se permitir viver melhor.

Trata-se, creio, da sofisticação da arte da sociabilização, em que a resposta individual positiva aos desafios externos contamina saudavelmente todo o entorno.

Aproveite melhor a vida e batalhe por isso, pela qualidade de suas emoções!

O que você acredita que pode ser feito com esse propósito?

Esperança e marketing

Jornais e revistas destacaram muito, como era de se esperar, o surgimento de uma nova droga para a depressão, apresentada no congresso de psiquiatria realizado há dias em Nova York.

Trata-se da Cymbalta, que deve chegar ao mercado em breve, e que tem como novidade basicamente o seguinte: começa a fazer efeito em menos tempo que seus congêneres, apresenta mais tolerabilidade (menos efeitos colaterais) e atua nos neurotransmissores serotonina e noradrenalina --atacando portanto os aspectos psicológicos e físicos da doença.

É um tremendo avanço, mas não se pode esquecer que qualquer produto novo nessa área é sempre cercado de um monumental esforço de marketing, o que torna a abordagem dos melhores especialistas sempre cuidadosa.

Basta lembrar que o Prozac não levou a depressão para sempre como se pregava, nem drogas de ultimíssima geração, como o Efexor, deixam de apresentar uma série de inconvenientes, além de não impedir muitos casos de recidivas.

Mas não deixa de ser uma esperança, boa, a mais na vida de tantos que de esperanças fazem seu presente e seu futuro.

Só mais uma

Para não deixar passar em branco a polêmica ridícula "The New York Times" x presidente Lula: a reação do presidente foi clássica, comum, corriqueira.

Em geral, aqueles que "bebem socialmente" odeiam ser cobrados por isso; sentem-se "acusados".

A reportagem do jornal americano era um lixo, impublicável, mas Lula ingere bebidas alcoólicas em público, dá mau exemplo e, portanto, sujeita-se a esse tipo de interpretação.

luiz caversan

Luiz Caversan é jornalista e consultor na área de comunicação corporativa. Foi repórter especial, diretor da sucursal do Rio da Folha, editor dos cadernos 'Cotidiano', 'Ilustrada' e 'Dinheiro', entre outras funções. Escreve aos sábados.

 

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