Dores do corpo, não da alma

Não bastou um entorse no tornozelo no último dia da temporada de verão na praia; não, desgraça pouca é bobagem, portanto, depois de uma semana mancando e sentindo-se inábil para qualquer coisa, eis que aquela velha conhecida alojada na L5, minha velha companheira hérnia de disco, voltou a se manifestar com tudo o que tem direito, Ou seja, dor para abaixar, dor pra levantar, dor pra sentar, dor para pensar até.

E dê-lhe anti-inflamatórtio, raios x daqui, ressonância dali, tomografia dacolá, e quando as coisas vão se ajeitando para finalmente encarar o pós-carnaval, ou seja, o começo verdadeiro do ano, lá vem mais uma, novidade dessa vez, mas nada alvissareira: deslocamento da rótula do joelho esquerdo, rótula que hoje em dia é mais conhecida como patela. Seja qual for o nome, como dói!

Deve ser punição, castigo, porque o fim de ano foi lindo, os dias de descanso na praia, superfelizes, acho que tenho que pagar alguma conta, sei lá, apesar de meu analista dizer que esse conta não é minha...

Ok, tudo isso, como diz um amigo, é coisa de quem tem o número do RG baixo, velhice, meu chapa, vecchiaia, mas na verdade estou sentindo dor desde o dia 5 de janeiro, e as águas de março já estão inundando tudo por todo canto e a coisa continua.

Quase 50 dias de dor, mas se for velhice mesmo a coisa vai piorar cada vez mais, certo?

Ai, ai, ai.

Bem, então o melhor a fazer é aproveitar que consegui vencer a tempestade de ontem e, depois de arremetidas e muita turbulência, foi possível pousar neste Rio de Janeiro que continua deslumbrante, e agora trata-se de aproveitar o casamento que vai rolar dentro em pouco, festa das boas.

O joelho firmou minimamente, a coluna está calminha por conta de um Arcoxia e dois Tylenol, o tornozelo encontra-se devidamente protegido.

Portanto, vamos a um prosecco, que ninguém e de ferro...

Taí, não é de ferro, por isso quebra tanto!