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17/08/2012 - 03h00

Método de votar mensalão 'fatiado' visa participação de Peluso

'Goela abaixo' A estratégia de Joaquim Barbosa de fatiar seu voto no mensalão foi combinada previamente entre o relator e o presidente da corte, Carlos Ayres Britto, para viabilizar o voto de Cezar Peluso. Pego de surpresa, Ricardo Lewandowski se queixou de ser o "último a saber", como ocorrera na definição do cronograma do julgamento. "É tudo goela abaixo", reagiu um interlocutor do revisor. Barbosa optou começar pelos réus dos quais, nas palavras de um membro do STF, "quer a cabeça".

Muita calma... Minutos após o término da sessão, Britto, Celso de Mello e Marco Aurélio Mello tentaram acalmar Lewandowski na saída do plenário. Pediram a ele "tranquilidade" e asseguraram que seu "exaustivo" trabalho será respeitado.

... nessa hora Ante o semblante fechado do revisor, o trio contou até piadas para descontraí-lo.

Control V Lewandowski se levantou diversas vezes para reorganizar, por telefone com a equipe, a ordem do seu voto após o anúncio da metodologia adotada pelo relator.

Aos pedaços Contrários ao voto fatiado afirmam que a corte concederá a Peluso o direito de votar réu por réu e talvez se aposentar antes da conclusão do julgamento.

Vem aí Nas contas dos críticos da metodologia de Barbosa, o próximo da lista deve ser José Dirceu. "Se fosse um julgamento normal, seria vetado. Mas o mensalão é um vale-tudo e o STF, um serpentário", desabafa um membro da corte, irritado.

Que fase Primeiro a ter a condenação pedida pelo relator, o petista João Paulo Cunha enfrenta debate ao vivo na TV Bandeirantes contra os adversários na campanha pela Prefeitura de Osasco, amanhã pela manhã.

Tá valendo Em seu voto, Joaquim Barbosa não só validou as provas colhidas na CPI dos Correios como usou evidências elencadas no processo contra João Paulo no Conselho de Ética da Câmara.

Perplexos Reunidos depois da tensa sessão, advogados dos principais réus se queixaram da condução de Ayres Britto, que, na avaliação deles, acolhe todos os pedidos do relator do mensalão.

Revanche 1 Audiência da Comissão da Verdade ontem na Câmara paulistana acabou em confusão. A procuradora Eugênia Gonzaga Fávero, que investigou as valas do cemitério de Perus, depunha quando foi interrompida por protesto do vereador Agnaldo Timóteo (PR).

Revanche 2 "A ditadura foi um mal necessário. Vou chamar o coronel Ustra aqui para rebatê-la", gritava o vereador. O parlamentar referia-se a Carlos Alberto Brilhante Ustra, primeiro militar brasileiro reconhecido pela Justiça como torturador.

Em alta Luiza Erundina (PSB) se cacifou ao renunciar à vice de Fernando Haddad (PT) por causa do apoio de Paulo Maluf. Ficou em segundo lugar em pesquisa do site "Congresso em Foco" com jornalistas sobre os parlamentares que melhor representam seus eleitores.

Piquete Informadas de última hora do PAC das concessões, as centrais sindicais pedirão ao governo estimativa de empregos gerados com o pacote. As entidades manifestaram a Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) preocupação com as condições de trabalho e citaram casos das usinas de Jirau e Santo Antônio.

Homenagem Será aberta hoje, às 10h30, exposição fotográfica sobre a trajetória de Orestes Quércia. A exibição acontece no Centro Empresarial de São Paulo, onde será inaugurado busto do ex-governador, morto em 2010.

Visita à Folha Sergio Machado, presidente da Transpetro, visitou ontem a Folha, onde foi recebido em almoço. Estava acompanhado de Fernando Thompson, Nicola Pamplona e Silvio Bressan, assessores de comunicação.

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TIROTEIO

Toda vez que Dilma se aproxima das ideias do PSDB o país avança. Quando é submetida às ideias do PT o país para. Literalmente.
DO SENADOR AÉCIO NEVES (PSDB-MG), elogiando o pacote de concessões do governo, em contraposição com a greve dos servidores, capitaneada pela CUT.

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CONTRAPONTO

A arte de vender o peixe

"O candidato do PDT à Prefeitura de São Paulo, Paulinho da Força, fazia campanha ontem em Santana quando pisou numa poça d'água e percebeu que seu sapato estava furado.

Ele aproveitou que estava numa rua comercial e entrou numa loja para comprar um par de sapatos novos. O vendedor viu a oportunidade e propôs:

-Por que o senhor não leva logo dois pares? Em dois meses de campanha, vai queimar muito chão ainda!

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Vera Magalhães é editora do Painel. Na Folha desde 1997, já foi repórter do Painel em Brasília, editora do caderno 'Poder' e repórter especial.

 

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