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22/08/2012 - 03h00

Programa de Serra na TV tentará fixar a ideia de que o tucano 'não tem padrinhos'

Estranho no ninho Ausente até da propaganda de seu PSD na TV, Gilberto Kassab estreia hoje no palanque eletrônico de José Serra. O prefeito, com alta rejeição, aparecerá em imagens ao lado do aliado, mas não falará. Ilustrará textos que mencionam obras de sua gestão, assim como Geraldo Alckmin. O programa inaugural, no qual apenas Serra e eleitores terão voz, tentará fixar a ideia de que o tucano "não tem padrinhos", contrastando com a superexposição de Lula em socorro a Fernando Haddad.

Reduto No programa de rádio de Haddad, hoje, Lula fará perguntas ao candidato sobre a zona leste, onde fica o Itaquerão. A ideia da campanha é enfatizar as promessas do petista para a região, notadamente a universidade federal e o parque tecnológico.

A teoria... O QG de Haddad não gostou das declarações do presidente do PT paulista, Edinho Silva, atribuindo ao mensalão a queda na arrecadação de doações. "Fazemos esforço enorme para tirar o assunto da pauta da campanha e ele fala isso?", questiona um membro da coordenação do ex-ministro.

...e a prática Petistas mais pragmáticos, contudo, retrucam. Consideram que ficaria pior para o candidato creditar o baixo fluxo de recursos ao seu desempenho ainda tímido nas pesquisas.

Vice de peso Numericamente à frente de Serra no último Datafolha, Celso Russomanno abrirá seu programa com agradecimento pela escalada de intenção de votos nas pesquisas. Dará, na sequência, amplo espaço a seu companheiro de chapa, Luiz Flávio Borges D'Urso (PTB).

Invisível Nas reuniões com candidatos a vereador e lideranças de bairro, a cúpula da campanha de Serra tem ouvido reiteradas queixas à falta de material de propaganda nas ruas. Membros da coordenação tucana atribuem a escassez ao ritmo muito lento da arrecadação.

Dia D Petistas graúdos fixaram o voto de Ricardo Lewandowski como definidor da manutenção da candidatura de João Paulo Cunha em Osasco. Em privado, afirmam que o deputado deve ter a "grandeza'' de renunciar caso seja condenado pelo revisor no mensalão.

Ontem Em 2007, no recebimento da denúncia, Lewandowski chamou de "sofisticado mecanismo'' de "branqueamento de dinheiro" o saque da mulher de João Paulo no Banco Rural.

Hoje Ministros dizem, no entanto, que votos podem mudar agora, uma vez que o Ministério Público, no entender de alguns, deixou de provar imputações de 2007.

Meio vazio... Integrantes da corte se dividem a respeito da não-participação de Cezar Peluso no julgamento de José Dirceu. Alguns avaliam que, com o "fatiamento", Joaquim Barbosa inviabilizou o voto do ministro, que se aposenta dia 3, no item mais polêmico do caso.

... meio cheio Outros afirmam que o relator, em jogo combinado com o presidente Carlos Ayres Britto, optou por ver aprovada com a corte completa a tese de que houve desvio de recursos públicos, que é importante para balizar todo o julgamento.

Outro lado A assessoria do TSE afirma que não há atraso nas licitações para as eleições. Anteontem, a presidente Cármen Lúcia se reuniu com diretores dos TREs para checar demandas de material e suprimentos.

Visita à Folha Andrea Calabi, secretário da Fazenda do Estado de São Paulo, visitou ontem a Folha. Estava com Shirley Emerick, assessora, e Jaime Soares de Assis, assessor de imprensa.

*

TIROTEIO

"Parece que o Brasil só existe da Bahia para baixo: não há um projeto de rodovia para o Nordeste no plano de concessões do governo."

DO DEPUTADO FEDERAL DANILO FORTE (PMDB-CE), sobre queixas feitas ontem à ministra Ideli Salvatti sobre o mapa das obras entregues ao setor privado.

*

CONTRAPONTO

Devagar, quase parando

Depois de melindrar colegas da corte e os advogados de defesa dos réus do mensalão, a impaciência de Joaquim Barbosa respingou nos chamados "capinhas" --auxiliares de plenário dos ministros do STF. Ao ler anteontem seu voto, pediu a funcionários que entregassem cópia do texto aos pares. Irritado, Barbosa repreendeu:

--Por favor, distribuam rápido. Está demorando muito.

Um advogado presente ao plenário do Supremo comentou com um colega:

--O ministro sofreu agora o que os advogados sofrem o ano inteiro: a lentidão do Judiciário.

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Vera Magalhães é editora do Painel. Na Folha desde 1997, já foi repórter do Painel em Brasília, editora do caderno 'Poder' e repórter especial.

 

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