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paula cesarino costa

 

03/03/2011 - 03h00

Porto descoberto

RIO DE JANEIRO - Passado e futuro do Rio de Janeiro, o porto tornou-se protagonista no presente. A revitalização da zona portuária deve se tornar um dos maiores legados para a cidade após a Copa de 2014 e a Olimpíada de 2016. Inspirado em Buenos Aires e em Barcelona, Eduardo Paes quer ser lembrado como o prefeito do Porto Maravilha.

Em meio às obras e à descoberta de ruínas de um cais da época de d. Pedro 2º, o adiamento sine die da divulgação dos vencedores do concurso do Porto Olímpico preocupa os meios urbanísticos-arquitetônicos. São projetos que darão cara nova a uma área com prédios com milhares de apartamentos, hotel e centro de convenções.

Feito em parceria da prefeitura com o Instituto dos Arquitetos do Brasil (IAB-RJ), o concurso recebeu 89 inscrições. Em 7 de fevereiro, véspera do anúncio oficial, participantes foram informados pela Comissão Julgadora de que o processo havia sido concluído, mas a prefeitura postergara a divulgação.

O secretário Felipe Goes (Desenvolvimento) explica que decisão deveu-se à preparação do leilão dos certificados que alteram limites de construção com o objetivo de atrair investidores.

Goes alega que o governo segue recomendação da Comissão de Valores Mobiliários de não dar publicidade a nenhum ato que possa alterar o valor imobiliário da região até o leilão, previsto para o fim do mês.

O presidente do IAB, Sérgio Magalhães, disse que se convenceu dos argumentos. "O importante é que o projeto se materialize."

Como a área e as características do Porto Olímpico já eram conhecidas, poderia a simples divulgação dos vencedores alterar o valor dos terrenos e levar a CVM a cancelar o processo? Parece pouco provável.

Que as recentes descobertas de um Brasil antigo trazidas à tona pelas escavações sirvam de inspiração para que o processo de revitalização do porto seja feito às claras.

paula cesarino costa

Paula Cesarino Costa é jornalista. Paulistana, é diretora da Sucursal do Rio da Folha desde 2004. Desempenhou várias funções desde que entrou no jornal em 1987. Foi secretária de Redação, editora de política, de negócios e de cadernos especiais e coordenadora de treinamento. Escreve às quintas na página 2 da versão impressa da Folha.

 

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