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Robôs levam a melhor contra humanos
DE SÃO PAULO
Sabe aquele jogo "pedra, papel e tesoura"? Você não tem a menor chance de ganhar se jogar contra um robô. A Universidade de Tóquio desenvolveu um projeto em que um robô ganha em 100% das vezes. Pode tentar o quanto quiser. O robô vai vencer.
O segredo não é telepatia nem análise probabilística. O robô tem uma câmera que enxerga os micromovimentos da mão na hora de colocar pedra, tesoura ou papel.
Como o processamento que ele faz do movimento é muito mais rápido do que o nosso, não temos chance. Ao esboçarmos o movimento, o robô se antecipa e responde com a jogada vencedora.
O que parece bobagem tem consequências importantes.
Primeiro, é preciso reescrever boa parte da ficção científica com robôs. Especialmente quando eles se comportam como humanos. É até concebível que façam isso, mas estarão simplesmente sendo educados conosco, seres lentos.
Essa ideia aparece em um ótimo livro recente, chamado "A Catedral de Turing", do professor George Dyson, da Universidade Princeton: conforme os computadores ficam mais rápidos, nós, humanos, da perspectiva deles, ficamos mais vagarosos.
Em uma briga com um robô, nem o mais valente lutador de MMA teria chance.
Considerando o exagero de quem acredita que máquinas ficarão inteligentes em 35 anos, não custa relembrar as três leis da robótica de Isaac Asimov, que, desde 1950, já postulava que robôs não devem fazer mal a ninguém.
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Ronaldo Lemos é diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade do Rio de Janeiro e do Creative Commons no Brasil. É professor de Propriedade Intelectual da Faculdade de Direito da UERJ e pesquisador do MIT Media Lab. Foi professor visitante da Universidade de Princeton. Mestre em direito por Harvard e doutor em direito pela USP, é autor de livros como 'Tecnobrega: o Pará Reiventando o Negócio da Música' (Aeroplano) e 'Futuros Possíveis' (Ed. Sulina). Escreve às segundas.
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