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teté martinho
Loja no JK Iguatemi tem oferta pouco careta
DE SÃO PAULO
A Topshop é uma fast-fashion à inglesa, ou seja, mais ousada, animada e cara que a média. A maior de todas, na Oxford Street, em Londres, parece uma loja de departamento e vive dura de gente. Sua mítica veio dar com os costados por aqui: na inauguração da primeira Topshop brasileira, no recém-inaugurado e ainda incompleto JK Iguatemi, uma multidão fez fila na porta antes das 10h, sendo que a loja só abria às 14h.
Rogério Canella/Folhapress | ||
Primeira unidade brasileira da Topshop, no shopping JK Iguatemi, reúne peças menos caretas que as de outras lojas do gênero |
Fui visitá-la depois da rapa inicial promovida por esses entusiastas, o que pode ou não ter contribuído para que eu não achasse nas araras nada capaz de justificar tanta insensatez. Mas é certo que, para o bem e para o mal, a oferta é menos careta do que é regra no gênero, indo de sapatões fenomenais, à Carmen Miranda (R$ 250), a calcinhas com "Brits Rock" escrito na bunda.
Para além dos jeans coloridos de bom preço (R$ 179) e de uma peça "séria" eventual (como o ótimo "trench coat" camelo de R$ 299), o que impera é o "trapinho da hora". Tubinhos de tecido brilhante parecendo papel de bala, camisetas com estampa inspirada em tela de computador, saia com tye-dye tecnológico, legging com símbolo de paz-e-amor. Coisas que você não sabe se vai ter a cara de pau de usar e muito menos quanto vão durar.
O preço não é tão bom que faça você comprar assim mesmo, ainda que tampouco assuste, considerado o naipe do entorno. Para mim, o que pega é o fato de a roupa da Topshop ser menos do tipo que ajuda e mais do tipo que precisa ser ajudado --não só com imaginação e acessórios, coisa que a gente tem para dar e vender, mas principalmente com aquele corpinho de 15.
Mais sorte têm os rapazes: na Top Man, grudada, vi uns ternos bacanas de mescla rosa ou verde-água, cortados bem perto do corpo, e outros de lã e veludo, por menos de R$ 400.
CONCLUSÃO: jogue-se com cuidado
Topshop. Shopping JK Iguatemi. Av. Juscelino Kubitschek, 2.041, Vila Nova Conceição, região sul, tel. 3151-6002.
Teté Martinho é jornalista. Com passagens pela Folha e editoras Abril e Globo, trabalha hoje com criação editorial nas áreas de arte, design, consumo e viagem.
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