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vaivém

Por Mauro Zafalon  

24/10/2012 - 03h00

Suinocultura vive período bastante turbulento, diz Rabobank

A suinocultura mundial vive um dos períodos mais turbulentos da história. Há grande contraste de preços nas diversas regiões produtoras.

A avaliação é de analistas do Rabobank, um dos principais bancos voltados para o setor agropecuário. Os preços dos suínos vão continuar sob pressão neste início de quarto trimestre, mas voltam a subir no fim de ano.

Em algumas regiões, como o Brasil, o setor sente os efeitos da liquidação de rebanhos há alguns meses, quando os preços recuaram e os produtores perderam margem.

Em regiões como Coreia do Sul, Canadá e Estados Unidos, há queda devido à maior oferta de carne. Essa oferta ocorre devido ao verão muito quente nesses países e ao início de liquidação de rebanhos, provocada pelos elevados custos de produção.

Essa elevação de custos ocorreu devido à redução de oferta de milho e de soja nos Estados Unidos, país que passou por uma grave seca neste ano. Só as perdas com milho superaram 100 milhões de toneladas no Meio-Oeste norte-americano.

A partir de 2013, esse cenário de liquidação de rebanhos vai começar a fazer efeito sobre a demanda, provocando alta nos preços.

O Brasil não fica imune a essa situação. O valor da carne suína subiu no terceiro trimestre, mas o cenário para os produtores independentes é extremamente complicado, segundo o banco.

A alta de preço no trimestre anterior ocorreu devido à liquidação de rebanho no primeiro e no segundo trimestre deste ano. De junho a setembro, o preço do animal vivo subiu 50%, acima dos 30% da soja e do milho. Nesse mesmo período, a carne bovina subiu apenas 10%, segundo os analistas do banco.

Os preços devem continuar firmes neste último trimestre, devido à demanda sazonal de final de ano e às exportações, que têm reagido neste segundo semestre.

Os analistas do banco acreditam que as recentes liquidações de rebanho de produtores independentes e de pequenos e médios produtores integrados devem provocar uma queda da produção de carne para 3,39 milhões de toneladas me 2013 no Brasil. Neste ano, deve ficar em 3,45 milhões.

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Ritmo melhor As exportações de açúcar em bruto subiram neste mês. As exportações, por dia útil, somaram 136 mil toneladas, ante 111 mil em setembro. Em relação a outubro de 2011, a alta é de 32% no volume exportado.

Valor Os preços estão em queda. As usinas brasileiras colocaram o açúcar em bruto a US$ 505 por tonelada, 13% menos do que em outubro de 2011. Já o açúcar refinado caiu para US$ 534, uma desvalorização de 11%.

Novos hábitos Tradicionais consumidores de cerveja, os venezuelanos vêm aumentando o consumo de vinho. A produção local é incipiente e o país busca novos mercados para importações.

Do Brasil Esse aumento de interesse pelo vinho abre portas para o Brasil, diz Morgana Miolo, gerente de exportação da Miolo. De olho nesse mercado, a Miolo acaba de fechar acordo de exportação de espumantes e de vinhos para os venezuelanos.

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Moagem interna de soja poderá atingir 39 mi de toneladas em 2013

O processamento nacional de soja deverá somar 38,5 milhões de toneladas no próximo ano, segundo estimativas divulgadas ontem pela Abiove (Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais). Se confirmado, esse volume superará em 10% o deste ano.

Esse aumento da industrialização ocorre devido à expansão da safra que está sendo semeada. Com uma área recorde de plantio, a produção prevista é de 81 milhões de toneladas em 2012/13.

Esse aumento de produção permitirá ao país exportar 37,5 milhões de toneladas em 2013, 21% mais do que neste ano.

As exportações deverão render US$ 29,9 bilhões em 2012, sendo US$ 21 bilhões vindos das vendas de soja em grãos. Essas receitas acumuladas pelo setor vão superar em 25% as de 2011.

vaivém

Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 38 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária.

 

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