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vaivém

Por Mauro Zafalon  

14/12/2012 - 03h00

Nova safra de arroz tem preço mais elevado para o produtor

Os produtores de arroz iniciam a safra 2012/13 com um cenário bem diferente do da anterior. Os preços deste final de ano estão próximos de R$ 38 por saca, o que deverá garantir, na boca da safra, valores melhores do que os praticados na safra 2011/12.

Claudio Pereira, presidente do Irga (Instituto Rio Grandense do Arroz), diz que as primeiras notícias já são boas. O plantio seguiu o ritmo do de 2011, e a conjugação de sol e calor é um bom sinal.

Os gaúchos, os principais produtores de arroz do país, semearam 1,06 milhão de hectares. Os números deste ano não são muito diferentes dos da safra anterior.

Se a produtividade esperada de 7.400 quilos por hectare se confirmar, a produção do Estado ficará próxima de 7,7 milhões de toneladas.

Um outro bom começo para os produtores foi a renegociação das dívidas de custeio e de investimentos.

Essas dívidas, originadas em planos econômicos, quebra de safra e redução de preços, terão taxa de juro de 5,5% ao ano, com prazo de pagamento de até dez anos.

Pereira diz que essa renegociação dá tranquilidade ao produtor, que poderá utilizar mais tecnologia nas lavouras, mas com gastos menores. Além disso, o produtor terá melhor fôlego para efetuar a comercialização do produto, principalmente o que é vendido na boca da safra.

Uma das garantias de preço para os produtores nos últimos anos tem sido o mercado externo. As exportações deste ano deverão somar 1,3 milhão de toneladas, mas os dados da próxima são uma incógnita, segundo Pereira.

Os preços internos mais elevados favorecem os produtores, mas podem retirar competitividade das exportações nacionais. Mesmo assim, as estimativas do setor são de vendas externas de 700 mil a 900 mil toneladas.

Demanda e oferta internas estão ajustadas, o que pode manter os preços aquecidos também no próximo ano. Segundo a Conab, o país entra nesta safra 2012/13 com 1,7 milhão de toneladas em estoque e sai com apenas 1,3 milhão. A produção nacional é de 11,9 milhões de toneladas, equilibrada com o consumo de 12,1 milhões.

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Dança dos números Entre tantas notícias de redução de produção de trigo em grandes produtores como Rússia e Austrália, a Índia tem caminho inverso.

Recorde Os indianos poderão exportar 5 milhões de toneladas de trigo, um volume anormal para o país, segundo dados da FAO (Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura).

China O cenário é melhor também para os chineses, que devem produzir 121 milhões de toneladas, segundo o Usda (Departamento de Agricultura dos EUA).

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Produção e consumo do cereal estão ajustados

O comércio mundial de arroz terá pequeno recuo na safra 2012/13, segundo estimativas do IGC (conselho internacional de grãos).

Pelo menos 36 milhões de toneladas do cereal trocarão de países, 5% menos do que em 2011/12.

Já a produção mundial volta a ser recorde, atingindo 464 milhões de toneladas.

O consumo também será recorde, somando 466 milhões de toneladas.

Esse crescimento ocorre porque a utilização do cereal será maior em grandes consumidores como China e Índia.

Os estoques mundiais vêm crescendo e devem atingir 104 milhões de toneladas.

Até a safra 2010/11, eram inferiores a 100 milhões de toneladas.

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Preços da agropecuária paulista têm alta em dezembro

Os preços recebidos pela agropecuária paulista subiram 0,31% na primeira quadrissemana do mês. Segundo o IEA, as maiores altas foram para tomate, banana nanica, ovos, carne suína e feijão. Já as maiores quedas foram para batata, soja e laranja.

vaivém

Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 38 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária.

 

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