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vaivém

Por Mauro Zafalon  

18/12/2012 - 03h30

Chuva atrapalha e safra de grãos da Argentina ficará abaixo do previsto

A Argentina pode, mais uma vez, ter uma safra frustrada e não superar os 100 milhões de toneladas. Os analistas argentinos dizem que é cedo para uma avaliação precisa, mas o excesso de chuva dificulta o término do plantio de soja e de milho e prejudica a colheita de trigo.

Com isso, a supersafra prevista pode não ocorrer. O mercado externo olha com apreensão esse cenário menos favorável na Argentina porque o país é importante na recomposição dos estoques mundiais, baixos devido à quebra de safra nos Estados Unidos.

Só 65% da área de 19,7 milhões de hectares destinada à soja foi semeada. O excesso de umidade impede as máquinas de ir a campo.

A estimativa de produção era de 55 milhões de toneladas, um volume que o governo acredita que será atingido, mas avaliações de consultores privados preveem até 51 milhões de toneladas.

Na safra passada, prejudicado pela seca, o país produziu 41 milhões de toneladas.

O plantio de milho também está atrasado, atingindo pouco mais de 60% dos 3,4 milhões de hectares que serão destinados ao cereal. Estimada inicialmente em 28 milhões de toneladas, a safra dos argentinos poderá ficar em 25 milhões de toneladas.

A produção argentina de milho é importante para ajudar a repor os estoques mundiais do produto, uma vez que os argentinos são grandes exportadores.

A safra de trigo, que interessa ao Brasil, fica bem abaixo dos 14 milhões do ano passado. Prevista inicialmente em 11 milhões de toneladas, um volume ainda sustentado pelo governo, deverá ficar entre 9,5 milhões e 9,8 milhões de toneladas, segundo estimativas do mercado.

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PARCERIA A Universidade Estadual de Maringá e a Basf assinaram acordo para desenvolvimento de novas tecnologias de interesse comum às duas instituições. A duração do contrato da parceria é de cinco anos.

PESQUISAS A área de atuação será, inicialmente, no desenvolvimento de estudos científicos nos setores de soja, cana-de-açúcar, frutas e vegetais.

RENDA Os produtores europeus tiveram um crescimento de 1% na renda neste ano, segundo o Eurostat. Bélgica e Holanda lideraram as altas, com variações de 30% e 15%, respectivamente.

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FEIJÃO SOBE NO FINAL DE ANO E ELEVA RENDA DE PRODUTOR

O feijão termina o ano com preço e renda favoráveis ao produtor. A leguminosa de qualidade da safra atual vale de R$ 180 a R$ 200 por saca, dependendo da região.

A oferta, no entanto, não é boa e o país vai depender da produção da segunda safra, que começa a ser semeada de janeiro a março.

Diante desse cenário, Vlamir Brandalizze, analista da Brandalizze Consulting, de Curitiba, diz que a pouca oferta de produto faz com que os produtores terminem o ano com "chave de ouro", uma situação que deverá continuar no próximo ano.

A chuva favorece o desenvolvimento das lavouras no Sul, afirma Marco Antonio dos Santos, agrometeorologista da Somar. Ao mesmo tempo, dificulta a colheita.

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PREÇO ESTÁ EM QUEDA NO MERCADO PAULISTA

Bons estoques de carne no atacado e procura menor pelo boi provocaram queda no preço da arroba nos frigoríficos de São Paulo. Segundo a Scot Consultoria, a arroba do animal recuou para R$ 94 ontem, mesmo valor apurado por pesquisa realizada pela Folha.

vaivém

Mauro Zafalon é jornalista e, em duas passagens pela Folha, soma mais de 38 anos de jornal. Escreve sobre commodities e pecuária.

 

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