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Raquel Barros

Quem é ela?

Raquel Barros, 42 anos, Psicóloga, casada, com duas filhas, nasceu e vive em Sorocaba

A Associação Lua Nova acolhe mulheres em situação de risco social, oferecendo moradia, alimentação, atendimentos psicológico e pedagógico, além de trabalho e escola

* Dados de 2008

Inovação: É a única entidade que dá suporte a mães e filhos em situação de risco social. Construiu a metodologia Lua Nova, que fortalece o relacionamento entre eles, sempre enfatizando a geração de renda

Impacto social: Já beneficiou mais de 3.500 pessoas desde 2000

Sustentabilidade Orçamento: de R$ 1,6 milhão (2008), obtido de parcerias com setores público, privado e terceiro setor

Alcance/replicação: Abrange as cidades de Sorocaba e Araçoiaba da Serra (SP), com replicação em mais oito municípios

www.luanova.org.br

Sementes da mudança

Com o sonho de ser mãe, psicóloga cria projeto que acolhe mães e filhos sob risco social

MARLENE PERET
da Folha de S.Paulo

A psicologia e a maternidade sempre caminharam juntas na vida de Raquel Barros, 42.

Quando menina, já brincava de terapeuta com as amigas. E foi justamente ao precisar de um divã para si própria que se sentiu mãe pela primeira vez. "Em qualquer assunto, o tema central da minha terapia era sempre a maternidade. Eu dentro de mim mesma. Eu mãe, eu filha. Achava linda a mistura e me embalava", lembra.

Foi com esse movimento que ela edificou a Associação Lua Nova, em Sorocaba (SP), onde nasceu. Seu principal foco é o fortalecimento da relação mãe-filho para uma vida conjunta. "Empurrar o filho e ser puxado por ele remete à mudança."

O caminho escolhido foi o da geração de renda. "Sempre com viés social", completa Raquel. É fabricando bonecas ou sua própria casa que as meninas superam traumas e constroem a vivência de afeto com os filhos.

Mas o antigo sonho de ser mãe, o mesmo que fecundou a Lua Nova, precisou ser adiado. Dos 10 anos que viveu na Europa, 4 foram em tratamentos, sem sucesso. Triste, a psicóloga retornou ao Brasil para trabalhar ao lado de jovens mães em situação de risco social.

"Quero atuar com quem tem o que não tenho", pensou. Obra ou não do destino, dois anos depois que fundou a organização, descobriu que estava grávida das gêmeas Giulia e Sofia, 6.

Invisíveis

Para Raquel, "as meninas da lua" representam uma população que ninguém quer ver. "Coitadas, todos dizem." Daí o nome da entidade, que simboliza a mulher e o lado obscuro da lua -existente, mas invisível.

A idéia, pioneira no Brasil, também preenche uma lacuna do Estatuto da Criança e do Adolescente, que separa a criança da mãe que mora em abrigo assim que se dá o parto.

Divertida, Raquel entra na organização distribuindo recados. "Cadê o sapato, filho? Nossa, que príncipe, que princesa! Eliane, ninguém é obrigado a ver sua calcinha cor-de-rosa." Quando pára e alguém a abraça, a outra grita: "Também quero".

Essa alegria só acaba quando ouve alguém dizer que suas gêmeas estão "jogadinhas". "Para mim, a maternidade, assim como a psicologia, é coletiva. Batalho pelas minhas filhas, e isso não me impede de fazer o mesmo pelos filhos das meninas da Lua Nova", conclui.

"Não pude ficar no abrigo com meu filho. Lá tinha o que comer e vestir, mas não o amor da família." - CAMILA NASCIMENTO CORREIA, 22, chegou à Lua Nova grávida de oito meses

 
Patrocínio: Coca-Cola Brasil e Portal da Indústria; Transportadora Oficial: LATAM; Parceria Estratégica: UOL, ESPM, Insper e Fundação Dom Cabral
 

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