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Grupo de consumidores nos EUA vai processar McDonald's por causa de brinquedos
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DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
Um grupo de defesa dos direitos do consumidor de Washington (EUA) está ameaçando processar o McDonald's por causa da venda de brinquedos associada ao McLanche Feliz.
"O McDonald's está transformando as crianças americanas em um exército não pago de vendedores, que pedem para seus pais comprarem McDonald's", disse Stepehn Gardner, do Center for Science in the Public Interest, em carta aos diretores da rede em que anunciou o processo.
O centro, que já entrou com dezenas de processos contra fabricantes de alimentos nos últimos anos, espera que a publicidade e a ameaça de um processo force o McDonald's a negociar a questão. O grupo anunciou o processo em carta ao McDonald's 30 dias antes de entrar na Justiça, na esperança de que a empresa concorde em parar de vender os brinquedos antes da briga judicial.
O McDonald's não quis comentar o processo.
A rede de fast food se comprometeu, em 2007, a anunciar só dois tipos de lanches para crianças com menos de 12 anos: um com quatro nuggets, chips de maçã com molho de caramelo e leite desnatado, ou um com um hambúrguer, chips de maçã e leite. Ambos cumprem o regulamento da própria empresa de ter menos de 600 calorias, não mais que 35% de calorias vindas de gorduras, 10% de calorias de gordura saturada ou 35% de açúcar.
O grupo de consumidores diz que ainda que esses lanches apareçam nos comerciais, as crianças pedem mais os alimentos não saudáveis.
A organização espera que esse primeiro processo contra a rede tenha efeito parecido com um processo de 2006 contra a Kellogg, que forçou a empresa a aumentar o valor nutricional dos cereais e das guloseimas anunciadas para crianças.
Ainda assim, alguns acusam o grupo de extremismo, dizendo que é responsabilidade dos pais controlar o que as crianças comem, não dos restaurantes.
Michael Jacobson, diretor da organização de consumidores, diz que a responsabilidade é dos pais também, mas ele compara os brindes de brinquedos a vendedores que vêm de porta em porta até a casa das famílias todos os dias, pedindo para conversar com as crianças.
"Chega a um ponto em que os pais se dão por vencidos", diz Jacobson. "Eles não querem ficar dizendo não às crianças o tempo todo. Nós nos sentimos que muitos pais ficariam aliviados se essa pressão fosse tirada dos ombros deles."
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