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08/11/2007 - 10h57

Fósseis dominam energia até 2030, prevê relatório

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da Folha de S.Paulo

O futuro ao carvão pertence. Um relatório divulgado ontem pela Agência Internacional de Energia mostra que o combustível fóssil mais abundante, mais barato e mais poluente está sofrendo uma "ressurgência" de consumo e deve passar a responder por quase 30% da demanda energética global até 2030, contra 25% hoje.

A fome do planeta por carvão mineral tem endereço certo: Índia e China, gigantes asiáticos de crescimento econômico acelerado, que juntos responderão por 45% do aumento global na demanda por energia.

O Panorama Energético Mundial 2007, relatório anual cujo sumário executivo está na internet, traz uma perspectiva sombria para o combate ao aquecimento global após 2012 (quando vence o Protocolo de Kyoto).

Ele prevê que, se nada for feito agora, os combustíveis fósseis, que emitem gás carbônico e esquentam o planeta, continuarão dominando a matriz energética. Nem os altos preços do petróleo serão capazes de conter essa marcha. Ao contrário, "preços mais altos do petróleo e do gás estão tornando o carvão mais competitivo como combustível para geração de energia", diz o texto.

As emissões de gás carbônico decorrentes desse aumento podem saltar 57%. Sairão de 27 bilhões de toneladas de CO2 em 2005 para 42 bilhões em 2030.

Políticas alternativas

Mesmo no chamado cenário de políticas alternativas, no qual os governos agem para evitar que a economia siga o rumo atual, implementando medidas de eficiência energética e investindo em fontes alternativas de energia, as emissões em 2030 ainda estarão 27% mais altas em 2030 do que em 2005.

Isso significa que o mais provável é que, se as emissões de fato forem contidas, será possível estabilizar as concentrações de gás carbônico na atmosfera em 550 partes por milhão --o dobro dos níveis pré-industriais.

Isso fará o planeta esquentar 3ºC. Para limitar o aquecimento a um nível considerado seguro pelos cientistas, 2,5ºC, seria necessário um corte de emissões de 19 bilhões de toneladas, algo que a agência praticamente descarta. "Uma ação política excepcionalmente rápida e vigorosa de todos os países e avanços tecnológicos sem precedentes, com custos altos, seriam necessários para tornar [isso] realidade."

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