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Greenpeace recomenda energias renováveis contra previsões da AIE
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da France Presse, em Pequim
A organização ambientalista Greenpeace destacou, em comunicado ao governo chinês, a importância de promover as energias renováveis para evitar as conseqüências negativas para o meio ambiente no país, previstas no relatório anual da Agência Internacional da Energia (AIE).
No comunicado, o Greenpeace recomenda aumentar e implementar os objetivos na área de energias renováveis e melhorar a eficiência energética. As medidas limitariam o crescimento do consumo de energia no país.
A organização ambientalista também lembra que China e Índia produzem cerca de 25% da eletricidade renovável no mundo. Mas o relatório da AIE prevê que os dois países construirão, até 2030, 57% das novas centrais elétricas utilizando carvão como combustível, as mais poluentes.
O relatório também afirma que, pouco após 2010, a China superará os Estados Unidos como o maior consumidor mundial de energia, devido às necessidades de sua indústria pesada e de transporte.
O especialista em energia do Greenpeace, Sven Teske, disse que o cenário descrito pela AIE "não é inevitável e não leva em conta as opções realistas de limitar as emissões de dióxido de carbono na China e na Índia".
O trabalho de Teske demonstra que grandes investimentos em energias renováveis e tecnologias de eficiência energética podem estabilizar as emissões de dióxido de carbono nos níveis atuais até 2050.
Para o Greenpeace, o combate à mudança climática requer que os países industrializados reduzam as suas emissões de CO2 em 30% em relação ao nível de 1990, até 2020, em lugar do aumento de 15% previsto no relatório da AIE.
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