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Apesar de protestos, Japão pretende continuar com caça às baleias
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da Ansa, em Sydney
O chefe de gabinete japonês Nobutaka Machimura afirmou nesta segunda-feira (26) que o Japão continuará com a caça às baleias porque "uma pesquisa científica não pode ser interrompida de repente". Ele espera continuar a ter boas relações com a Austrália.
O Japão teve um bom relacionamento com a Austrália durante os onze anos do governo conservador de John Howard, mas hoje deve entender-se com o novo governo liderado pelos trabalhistas, que já pediram diversas vezes uma ação legal contra o Japão, acusando o país de caçar baleias com o pretexto de realizar pesquisas.
"Nós sabemos que as baleias são muito populares na Austrália e matar uma delas é um ato que suscita muitas emoções em seu país", disse Machimura ao governo australiano. "Apesar disso, o nosso governo decidiu que por enquanto não podemos suspender o que foi iniciado", concluiu.
Pesquisa letal
Na semana passada, uma frota japonesa de seis baleeiros partiu para o mar Antártico para uma nova temporada de caça "com fins de pesquisa", apesar dos protestos de diversos países, liderados pela Austrália e Nova Zelândia.
A lista de baleias a serem caçadas inclui pela primeira vez espécies protegidas, como as baleias corcundas. Se os japoneses alcançarem a quota de mil exemplares estabelecida para essa temporada, será a maior matança de baleias dos últimos vinte anos.
Bob Brown, líder do Partido Verde australiano, pediu ao novo premier Kevin Rudd que converse com o embaixador japonês na Austrália e que impeça os navios japoneses de atracarem em portos australianos, em protesto contra a caça às baleias.
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